domingo, 2 de dezembro de 2007

Akita







UM SÓ NOME, DUAS PAIXÕES

Um congresso mundial, inédito na cinofilia, define o Akita "americano" como incompatível com os rumos desejados pelo Japão, país de origem da raça.
Tóquio, dezembro de 1996. Num dos grandes hotéis da cidade, 41 representantes dos mais importantes clubes do Akita em catorze países, espalhados por quatro continentes e responsáveis pela maior parte da criação da raça no mundo, encontraram-se por três dias. O anfitrião, maior entidade da cinofolia no país de origem da raça, o Japan Kennel Club (JKC), elevou ao extremo a tradicional cortesia japonesa - o patrocínio do evento se estendeu à passagem e hospedagem de todos os participantes estrangeiros.
O que reuniu aqueles homens foi uma paixão em comum. Ou melhor, duas diferentes paixões nascidas de uma só: o Akita. Essa raça, pelos desígnios do destino e da vontade humana, nas últimas décadas foi dividida em dois tipos distintos. E levou aqueles congressistas ao mais importante encontro jamais promovido em função de uma raça canina. "Nunca vi nada parecido", assegurou a Cães & Cia o experiente membro da comissão de padrões oficiais da Federação Cinológica Internacional (FCI), Raymond Triquet.
O anfitrião - um dos responsáveis pela diferença de tipos do Akita - e os Estados Unidos - o outro responsável - eram os principais protagonistas. "Nós, os japoneses, somos culpados pelo incorreto tipo americano e pedimos ao mundo que nos perdoe", declarou em 1995, numa convenção na Alemanha, o então presidente-executivo do JKC, Toyosaku Kariyabu. Os demais convidados representavam milhares de Akitas, proprietários e criadores das outras partes do mundo, todos afetados de alguma maneira pelos atos dos dois principais protagonistas.


PADRÃO OFICIAL

CBKC n° 255b, de 6/6/94.

FCI n° 255/GB, de 16/7/92.País de origem: Japão.

Nome no país de origem: Akita-Inú.

Utilidade: Guarda.Prova de trabalho: para o campeonato, independe. SUMÁRIO HISTÓRICO: originalmente japoneses, foram de porte pequeno para médio, não existindo o porte grande. Originários da região de Tohoku, como cão de caça de porte médio o Akita Matagi (cão de caça ao urso, por volta de 1630 970 no clã dos Satake, na região Akita, onde os criadores promoviam rinha de cães que eram incentivadas para o crescimento da moral dos Barões das terras locais, de acordo com as reminiscências históricas.
Subseqüentemente a raça recebeu influência de uma raça que se julgava ser um Mastife de propriedade de um engenheiro de minas, alemão nas minas de cobre de Kosaka e com um cão de rinha Tosa (acasalamento de porte médio do Shikoku Mastife com o Braco Alemão de Pêlo Curto, o São Bernardo e o Dogue Alemão etc.) antigamente conhecido pelas orelhas pontiagudas e a cauda em anel, que eram as antigas origens do Akita, que foram perdidas. Em 1908, a rinha de cães foi proibida e a opinião pública tornou-se gradativamente favorável à preservação da raça entre os professores e as pessoas esclarecidas. Em 1919, a lei da preservação de monumentos naturais foi promulgada e, como resultado do esforço dos cinófilos, a raça foi desenvolvida daí por diante; em 1931, nove excelentes cães tornaram-se imensamente populares.
No final da 2ª Guerra Mundial, em 1945, foram enviados esforços para eliminar a linhagem dos Mastifes e de outras raças estranhas aos poucos remanescentes Akitas, para definir o Akita puro, o que resultou na definição da cepa dos Akitas de grande porte conhecida nos dias de hoje.APARÊNCIA GERAL: de porte grande, construção sólida, bem proporcionado e substancioso, características de sexualidade bem definidas, com uma figura de elevada nobreza e dignidade em sua modéstia; valentão por constituição.
PROPORÇÕES IMPORTANTES: a relação de proporção entre a altura na cernelha e o comprimento do tronco é 10:11, sendo, nas fêmeas, ligeiramente mais longo.
TEMPERAMENTO E COMPORTAMENTO: decidido, fiel, dócil e receptivo.
CABEÇA: crânio proporcional ao tronco. Testa larga com um stop bem definido e um sulco sagital bem visível mas, sem rugas. Bochechas, moderadamente desenvolvidas. A cana nasal é reta com a trufa volumosa e preta, sendo admitida a trufa cor de carne para os exemplares brancos. Focinho de comprimento moderado, largo nariz diminuindo sem ser bicudo. Os lábios são bem fechados. Os dentes, fortes, articulados em tesoura.
OLHOS: relativamente pequenos, triangulares, bem separados, de cor marrom escuro. Melhor a cor mais escura.
ORELHAS: relativamente pequenas, grossas e triangulares, ligeiramente inclinadas para a frente e eretas e inclinadas para frente, moderadamente separadas e sutilmente arredondada nas pontas.
PESCOÇO: grosso e musculoso, sem barbela e proporcional à cabeça.
TRONCO: dorso reto e forte. Lombo largo e musculoso. Peito profundo e antepeito bem desenvolvido. Costelas moderadamente arqueadas e o ventre bem recolhido.
CAUDA: de inserção alta, grossa e portada sempre bem enroscada sobre o dorso. Se for esticada, a ponta quase toca o jarrete.
MEMBROS ANTERIORES: ombros moderadamente inclinados e desenvolvidos, membros retos e boa ossatura, cotovelos bem ajustados.
MEMBROS POSTERIORES: bem desenvolvidos, fortes e, moderadamente, angulados.
PATAS: fortes, redondas, arqueadas e compactas.
MOVIMENTAÇÃO: elástica e potente.
PELAGEM: pêlo duro e reto, com um subpêlo macio e denso; a cernelha e a garupa são revestidas com uma pelagem ligeiramente mais longa; os pêlos da cauda são ligeiramente mais longos.
COR: ruivo, sésamo (gergelim), tigrado e branco. Com exceção do branco, todas essas cores deverão ter "URAJIRO". (URAJIRO=pelagem esbranquiçada nas laterais do focinho, nas bochechas, sob o queixo e no pescoço, no peito, toda a linha inferior e face medial dos membros).
TALHE: altura na cernelha: machos-67 cm; fêmeas-61 cm. Com uma tolerância de, mais ou menos, 3 cm.FALTAS: qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.1) Máscara preta deve ser considerada falta.

•2•Manchas brancas são toleradas, mas a ausência delas é preferível.

•3•Medo.

•4• Prognatismo superior ou inferior.

•5•Língua manchada.

•6•Características de sexualidade reversa.

•7• Íris de cor clara.

•8• Falta de dentes.

•9• Cauda curta.DESQUALIFICAÇÕES:1) Orelhas caídas ou semicaídas.

•10• Cauda pendente.

•11• Pêlos longos (peludo).NOTA: os machos devem apresentar dois testículos, de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.

ROTTWEILER




ALÉM DE GUARDA, AMIGÃO
Saiba como obter desse guardião, líder absoluto em registros no País, o máximo no convívio com toda a família e com os amigos da casa.
Ele só não está no Guinness Book dos Recordes como o maior fenômeno de crescimento quantitativo assistido pela cinofilia brasileira porque ninguém teve a idéia de comunicar aos editores responsáveis. O fato é que as qualidades de cão de guarda do Rottweiler vêm sendo prestigiadas por uma legião de brasileiros multiplicada de forma fantástica a cada ano, desde 1987. Ao tipo físico robusto e intimidador desse cão, une-se um jeito implacável de fazer a guarda. Sua autoconfiança descrita até no padrão oficial está associada a um forte instinto de liderança, responsável por uma determinação e coragem extraordinárias.
Tamanha força de temperamento tem sua contrapartida. O convívio feliz com o Rottweiler exige mais que um dono - é preciso ser aceito por ele como líder. Essa condição está ao alcance da maioria das pessoas, de forma bastante simples. Basta disciplinar o comportamento do Rottweiler desde pequeno e ele terá tudo para crescer um amigão companheiro da família, e também ganhará maior equilíbrio no desempenho da sua vocação principal: a guarda. Conhecer as técnicas para alcançar esse resultado é uma garantia de êxito na educação e socialização dele. Além do mais, é a melhor forma de evitar erros cujas conseqüências vão desde um desenvolvimento de atitudes desagradáveis no convívio até ataques sem motivo, inclusive ao dono e a seus familiares.




PADRÃO OFICIAL
CBKC n°147a, de 12/04/1994.
FCI n° 147f, de 15/12/1988.País de origem: Alemanha.
Nome no país de origem: Rottweiler. Utilização: tração, guarda e boiadeiro.
Prova de trabalho: necessária para o campeonato internacional. APARÊNCIA GERAL: é um cão robusto, porte de médio para grande, sem ser leve, grosseiro, pernalta ou esguio. Sua estrutura, em proporções corretas, forma uma figura compacta, forte e bem proporcionada revelando potência, agilidade e resistência. ESTRUTURA E PROPORÇÕES: o comprimento do tronco, medido da ponta do esterno à protuberância do ísquio, é maior que a altura na cernelha, no máximo, 15%. COMPORTAMENTO E CARÁTER: é, basicamente, amigável e pacífico. Sua estampa revela primitivismo, é autoconfiante, com coragem e nervos firmes. Sempre atento a tudo o que cerca, reage com grande presteza. CABEÇA
Crânio: de comprimento médio, largo entre as orelhas. Visto de perfil, linha da testa é moderadamente arqueada. O occipital é bem desenvolvido, sem ser muito protuberante. Stop: bem desenvolvido.
Focinho: não deve parecer alongado nem curto em proporção ao crânio. Cana nasal reta; larga na raiz, diminuindo moderadamente. Trufa: bem desenvolvida, mais para o oval que para redonda, com narinas relativamente grandes e sempre de cor preta. Lábios: pretos, ajustados, comissura labial fechada, gengivas escuras, preferencialmente. Maxilares: maxila e mandíbulas fortes e largas. Faces: arcadas zigomáticas bem desenvolvidas. Dentadura: forte e completa (42 dentes), os incisivos apresentam mordedura em tesoura. Olhos: tamanho médio, amendoados, de cor marrom profundo e pálpebras bem ajustadas. Orelhas: de tamanho médio, pendentes, triangulares, sem dobras, bem separadas, de inserção alta. O crânio aparenta ser mais largo quando as orelhas estão voltadas para frente e caídas bem rente às faces. PESCOÇO: forte, moderadamente longo, bem musculado, com uma linha superior ligeiramente arqueada, saindo dos ombros, seco, sem barbelas ou peles soltas. TRONCO
Dorso: reto, firme e forte. Lombo curto, forte e profundo.
Garupa: larga, de comprimento médio, ligeiramente arredondada e angulação média. Peito: largo e profundo (aproximadamente a metade da altura, na cernelha) com antepeito bem desenvolvido e costelas bem arqueadas. Ventre: linha inferior sem esgalgamento. Cauda: amputada, curta. MEMBROS
Anteriores: visto de frente, membros retos e moderadamente afastados. Visto de perfil, antebraços retos. As escápulas formam um ângulo próximo a 45° com a horizontal. Ombros: bem articulados.
Braços: bem ajustados ao corpo. Antebraços: fortemente desenvolvidos e musculosos. Metacarpos: algo flexíveis e fortes, nunca escarpados.
Patas: redondas, bem fechadas e arqueadas. Almofadas plantares rígidas, unhas curtas, pretas e fortes. Posteriores: Generalidades: visto por trás, os membros são retos e moderadamente afastados. Em stay natural, a coxa forma um ângulo obtuso com a garupa e com a perna, assim como a perna com o jarrete.
Coxas: relativamente longas, largas e fortemente musculadas. Pernas: longas, fortes, amplamente musculadas comandando, com vigor os poderosos e bem angulados jarretes, jamais em ângulo muito aberto. Patas: pouco mais alongadas que as anteriores, mas igualmente bem fechadas e arqueadas, com dedos fortes e sem ergôs. MOVIMENTAÇÃO: o Rottweiler é um trotador. O dorso permanece firme e relativamente imóvel. A evolução dos movimentos é harmônica, segura, forte e fluente, com um bom alcance de passada. PELE - Couro da cabeça: bem ajustado, podendo, quando em atenção, apresentar leves rugas. PELAGEM: formada de pêlo e subpêlo. Pelagem: pêlo rijo, comprimento médio, tosco, denso e assente. Nos posteriores o pêlo é um pouco mais longo.
Subpêlo: lanoso, não devendo ultrapassar o comprimento da pelagem externa.
COR: preto, com marcações de fogo bem delimitadas numa rica coloração de castanho avermelhado nas faces, focinho, garganta, peito e pernas, bem como, acima dos olhos e sob a raiz da cauda. TALHE - altura na cernelha para MACHOS: 61 a 68 cm. 61 a 62 cm, pequeno. 63 a 64 cm, médio 65 a 66 cm, grande = altura ideal. 67 a 68 cm, muito grande. Peso: 50 quilos. Altura na cernelha para FÊMEAS: 56 a 63 cm. 56 a 57 cm, pequena. 58 a 59 cm, média. 60 a 61 cm, grande = altura ideal. 62 a 63 cm, muito grande. Peso 42 quilos. FALTAS Aparência geral: leve, esguia, pernalta, musculatura e ossatura fracas. Cabeça: com expressão de "hound", muito estreita, leve, muito curta, longa, pesada, testa chata (com ou nenhum stop).
Focinho: focinho longo ou do tipo spitz; nariz romano ou leporino; cana nasal côncava ou caída; trufa clara ou manchada.
Lábios: abertos, cor-de-rosa ou manchados, comissura labial aberta.
Maxilares: mandíbula curta.
Faces: exageradamente, pronunciadas.
Dentadura: mordedura em torquês. Orelhas: de inserção muito baixa, pesadas, longas, dobradas para trás, assim como caindo abertas ou mal portadas.
Olhos: claros, arregalados, profundos ou redondos. Pescoço: muito longo, fino, pobremente musculado, barbelas ou peles soltas na garganta. Tronco: muito longo, muito curto, esguio.
Peito: estreito, costelas achatadas, em barril. Dorso: muito longo, fraco, selado ou carpeado.
Garupa: muito curta, muito plana, ou muito caída ou muito longa. Cauda: inserção muito alta ou muito baixa. Anteriores: pernas dianteiras muito juntas ou não retas. Ombros abertos; articulação de cotovelo insuficiente ou deficiente; braço muito comprido, muito curto ou escarpado; metacarpos fracos ou escarpados; patas abertas; dedos achatados ou excessivamente arqueados, dedos atrofiados; unhas claras. Posteriores: posteriores com coxas planas, jarretes de foice, jarretes de vaca ou pernas em barril, angulações muito fechadas ou muito abertas, ergôs. Pele: couro da cabeça enrugado.
Textura da pelagem: macia, muito curta ou muito comprida; pelagem crespa, ausência de subpêlo.
Cor: marcações com a coloração (marrom) errada, pobremente definidas ou muito extensas.
DESQUALIFICAÇÕESGeneralidades: características sexuais nitidamente reversas (machos afeminados e vice-versa). Cães monórquidos ou criptórquidos. (Ambos os testículos devem ser bem desenvolvidos e nitidamente perceptíveis na bolsa escrotal.) Comportamento: medrosos, tímidos, covardes, com medo de tiro, excessivamente desconfiados ou nervosos. Olhos: amarelos, cada um de cor diferente, entrópio, ectrópio. Dentadura: prognatas, retrognatas, cães com faltas de molares ou pré-molares. Pelagem: pelagem nitidamente longa ou crespa. Cor: manchas brancas, não obedecendo às marcações preto e marrom do Rottweiler.NOTA: os machos devem apresentar dois testículos visivelmente normais, bem desenvolvidos e bem acomodados na bolsa escrotal.

WESTIE








SIMPATIA E OUTROS DONS






Com suas qualidades, o West Highland Terrier pode perfeitamente tornar-se um favorito entre nós.
Ainda raro no Brasil, o West Highland White Terrier tornou-se popular em outros países, como no Reino Unido (4º em registros em 1993), Japão (28º) e EUA (36º). É que, além de seu aspecto, mostra duas faces diferentes: uma é de um charme extraordinário e muita alegria e a outra é a de um cão robusto, intrépido, ativo, dono de si, companheiro ideal para crianças, atento, inteligente e destemido, conforme resume Nora Jacobs do Canil Vom Rotdornweg, de São Paulo - SP.
A pelagem totalmente branca do Westie, como é popularmente conhecido, com contornos arredondados na cabeça, traz à lembrança um bichinho de pelúcia, incluindo detalhes como o nariz e lábios negros, além dos olhos escuros.
Foi exatamente a procura de um pequeno terrier que fosse branco - portanto fácil de seguir nas caçadas -, que levou o Coronel Malcolm de Poltalloch a desenvolver a raça no século passado, nas West Highlands escocesas. Através da seleção de exemplares brancos e areia de Cairn Terrier, raça muito popular no Reino Unido, mas cujos exemplares claros eram banidos da criação, e do cruzamento com o tipo primitivo do Scottish Terrier, ele aprimorou a raça e chegou a exemplares muito parecidos com os atuais Westies. O reconhecimento oficial veio pelo Kennel Club da Grã Bretanha, em 1907, seguido pelo AKC-American Kennel Club em 1908.

WHIPPET





UM CÃO SUPERVELOZ
Este cão tem tudo de um grande corredor. Através de uma combinação de vários fatores, que serão revelados nesta matéria, você vai ficar sabendo como o Whippet consegue a façanha de atingir a velocidade de 60 km horários.
Desde a antigüidade, as caçadas às lebres e as corridas com galgos foram um esporte que atraiu numerosos adeptos, dentre eles, faraós, czares e aristocratas. Por esta razão, a maioria dos galgos gozava de amplos favores nas cortes. Porém, ao contrário de seus companheiros, o Whippet teve uma história vivida nos redutos mais populares.
Afinal, não só os nobres apreciavam as corridas de cães. No final do século XIX, os mineradores e tecelões da época trataram também de promover largamente um tipo de corrida diferente as "corridas de pano", empregando esse pequeno galgo.
Nesta modalidade, em vez de perseguir lebres, os Whippets tinham por objetivo chegar aos braços de seus donos o mais rápido possível. Para tanto, os proprietários ficavam balançando um pedacinho de pano, induzindo os animais a correr. Daí a raça também ter sido conhecida como "O Galgo dos Trapeiros" (no dialeto gaulês).
É à luz destes fatos que algumas características típicas do Whippet podem ser melhor compreendidas. Se hoje ele é um cão tímido, por exemplo, isso ocorreu porque a timidez era uma qualidade muito apreciada na época. Afinal, quanto mais tímido o cão, mais rápido ele chegaria aos braços do dono durante as corridas. Também ao Whippet não interessava possuir olhos laterais, como os outros galgos, para ter um maior campo de visão.
Essa característica é funcional nos galgos caçadores para facilitar, a grande distância, a localização de presas muito rápidas, já que elas mudam de direção na fração de segundos. Já o Whippet, um galgo basicamente de corridas, precisava ter um relativo campo de visão com maior acuidade visual (enxergar com nitidez). Para isso, a raça possui olhos mais frontais. Dessa forma ele podia distinguir bem, de longe, o seu dono dos outros, de modo a não perdê-lo de vista.




BULMASTIFE


GUARDA CONTROLADO

Esse guardião é amoroso com os donos e equilibrado na forma de agir, o que reduz os riscos de acidentes fatais.
Ele é pouco conhecido até em sua terra natal, a Inglaterra. E lá, como nos EUA e no Brasil, bastante confundido. Acontece que o Bulmastife tem uma aparência semelhante a algumas raças mais conhecidas, como o Boxer e o Fila Brasileiro. A confusão tem razão de ser. Todos esses cães pertencem a um grupo chamado de molossos, caracterizado pelo físico robusto, compacto e com boa musculatura; peito volumoso, mais amplo que a parte de trás; cabeça larga e focinho mais curto que o crânio.
Criador antigo de Bulmastife, Alan Rostron, que mora em Manchester, uma grande cidade inglesa, confirma que quando sai à rua com os seus cães poucos os reconhecem e constantemente os confundem com o Boxer ou um mestiço. Situação semelhante passou a criadora, com mestrado em medicina veterinária e vice-presidente da Northwest Bull Mastiff Society, em Washington-EUA, Barbara Brooks-Worrel, quando foi comprar selos nos correios junto com o seu Bulmastife.Um homem se aproximou e explicou que criava Boxers há 15 anos e nunca virá um tão lindo quanto aquele.
No Brasil, o pouco conhecimento da raça é o mesmo. A criadora e veterinária, Kátia Tarraga, do Canil Hillsborough Bullmastiff, em São Paulo - SP, quando caminhava com um dos seus cães foi abordada por um senhor curioso, acreditando ser um Boxer sem a tradicional cirurgia das orelhas e amputação da cauda. "As orelhas compridas, eu até aceito; mas por que deixar a cauda longa?", perguntou surpreso.

CAIRN TERRIER


VIVA A ENERGIA
Este pequeno escocês vive a mil por hora e tem tudo para agradar quem deseja um cão antimonotonia
Ele está entre os menores cães de tipo terrier, grupo que abrange mais de 30 raças e se caracteriza por caçar animais de tocas. O Cairn, além de capturar doninhas, martas, texugos e raposas, tornou-se perito em expulsar presas escondidas sob as pedras das típicas colinas escocesas. Daí o nome Cairn, que em inglês significa "amontoado de pedras".
Aqui no Brasil, este pequeno cão de pelagem eriçada, orelhas eretas e expressão sapeca, foi descoberto por poucos. Nos últimos 15 anos houve apenas dez exemplares registrados. Já, na Inglaterra, é popular. Lá, o Cairn é a 18° raça mais registrada entre as 186 reconhecidas. Entre os franceses, também conquistou muitos fãs. "Na França é uma das 20 raças mais vendidas para companhia", diz Hervè Fontaine, do Canil Oleage de Terrardieare, Millonfosse, França.


PADRÃO OFICIAL
CBKC n°4 de 22/4/1994.FCI n° 4b de 24/6/1987.Classificação FCI: Grupo 3: Terriers. Seção B: de Pequeno Porte. País de Origem: Grã-Bretanha. Nome no país de origem: Cairn Terrier. Utilização: caça e companhia.Prova de trabalho: para campeonato, independente.Aparência Geral: ágil, alerta, habilidoso, apresentado ao natural. Firme nas patas dianteiras. Posteriores poderosos. Peito profundo, bem fluente na movimentação. Pelagem resistente às intempéries.Características: deve impressionar por sua atividade, habilidade na caça e audácia.Temperamento: coragem e alegria e disposição; impetuoso, porém não agressivo.Cabeça e Crânio: cabeça pequena, mas proporcional ao corpo. Crânio largo; uma evidente interrupção entre os olhos, com stop definido. Focinho poderoso, mandíbula forte, sem ser longa ou pesada. Trufa preta. Cabeça bem provida de pêlos.Olhos: bem separados, de tamanho médio, avelã escuros. Inserção moderadamente profunda, com sobrancelhas cerradas.Orelhas: pequenas, pontudas, bem portadas e eretas, inseridas não muito juntas, de pelagem leve.Boca: dentes grandes. Maxilares fortes, com uma mordedura em tesoura perfeita, regular e completa, isto é, os dentes superiores ultrapassando e tocando levemente os inferiores e inseridos perpendicularmente aos maxilares.Pescoço: bem inserido não sendo curto.Anteriores: espáduas obliquas, pernas de comprimento médio, ossatura bem desenvolvida sem ser muito pesada. Anteriores nunca devem expulsar os cotovelos. Pernas revestidas de pêlos ásperos.Tronco: dorso de nível, tamanho médio. Costelas bem arqueadas; lombo forte e flexível.Posteriores: coxas muito fortes e musculadas. Boa angulação de joelhos, sem ser excessiva. Jarretes curtos e, vistos por trás, aprumados e corretamente direcionados para frente.Patas: anteriores maiores que as posteriores, podem ser, ligeiramente, voltadas para fora. Almofadas plantares grossas, dotadas de sola bem resistente. Patas finas, estreitas ou abertas e unhas longas, são indesejáveis.Cauda: curta, proporcional, bem revestida de pêlos, sem ser franjada. De inserção média, portada acima da horizontal, mas sem curvar-se sobre o dorso.Movimentação: passadas bem livres e fluentes; os anteriores com bom alcance de passadas. Os posteriores fornecendo forte propulsão. Jarretes trabalhando com afastamento moderado. Pelagem: muito importante. Resistente a intempéries. Dupla, com a pelagem externa profusa, áspera, sem ser rústica; o subpêlo é curto, macio e cerrado. A pelagem aberta é indesejável. Permitidas suaves ondas.Cores: creme, trigo, vermelho, cinza ou quase preto, podendo ser rajadas. Áreas pretas, nas orelhas e focinho, fazem parte da tipicidade da raça. Inaceitáveis as cores pretas, brancas sólidas, ou preto e canela.Talhe: aproximadamente, 28 – 31 cm de altura, na cernelha, mas sempre em proporção ao peso ideal de 6 - 7,5 quilos.Faltas: qualquer desvio, dos termos deste padrão, deverá ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.Nota: os machos deverão ter dois testículos, de aparência normal, completamente descidos na bolsa escrotal.