terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Sitz Alemão

UMA BOLA DE PÊLOS
Conheça os tamanhos e o tipo físico ideal para a raça
Ele parece uma bola de pêlos se movendo. É assim que muitos criadores definem a aparência do Spitz Alemão, uma raça com cinco variedades de tamanho, sendo que as duas menores - a Anão e a Pequena, também conhecidas por Pomerânia ou Lulu - são as mais criadas no Brasil. A aparência de bola peluda, pra lá de fofa, é obtida na sua melhor forma quando o comprimento do corpo do cão é igual à altura.
Os criadores sabem há muito tempo que o Spitz deve ter tal proporção, tanto que interpretam dessa forma a exigência do atual padrão usado aqui, da Federação Cinológica Internacional (FCI), que pede um cão de "dorso o mais curto possível". Mas o documento não indica a proporção exata. Apenas num padrão mais novo, da FCI, de 1992 - ainda não traduzido oficialmente para o português, mas que Cães & Cia publica nessa reportagem -, é que a descrição passou a ser específica: "A relação entre a altura na cernelha e o comprimento do corpo é de 1:1."
Enquanto a criação mundial se concentra nesse tipo de Spitz, apelidado pelos criadores de compacto ou quadrado, há um outro muito comum: o de dorso mais comprido, chamado também de tipo retangular.
Tanto na Europa como nos Estados Unidos, esse mais alongado, apesar de indesejável, continua aparecendo. "Nos Estados Unidos, é bastante comum nascer exemplares alongados", relata a responsável pelo atendimento do American Pomeranian Club, e criadora há 24 anos, Jane Lehtinen. "Ainda que indesejável, criadores preocupados exclusivamente com vendas preferem fêmeas alongadas, pois dão mais filhotes", acrescenta Jane.
No Brasil, a maioria dos criadores de Spitz tem em seu canil pelo menos um exemplar comprido. Ele nasce até do acasalamento entre Spitzes "quadrados". "Comecei a criar com exemplares quadrados e mesmo assim nasceram alguns com o dorso alongado", atesta Evelyn Luza de Abreu, criadora há 15 anos pelo Fox’s Kingdom Kennel, em Recife. O aparecimento do tipo alongado em ninhadas cujos pais são quadrados pode ser estranho à primeira vista. Mas basta folhear livros de arte de séculos passados e mesmo do início do século XX para achar a explicação: os Spitzes retratados são compridos, menos peludos e também maiores que os atuais Anão e Pequeno. Por isso, designar o mais comprido como o tipo antigo e original de Spitz e o quadrado como o moderno, a exemplo de alguns criadores, é correto. O valor histórico do tipo retangular é que por meio dele se obteve o Spitz quadrado, que hoje rege a criação. "Mas o tipo retangular não é desejado por qualquer padrão", comenta a cinóloga Hilda Drumond.

COMPORTAMENTO
Obediência: ponto forte da raça - ela ocupa a 23ª posição no estudo do canadense Stanley Coren, autor do livro A Inteligência dos Cães, que estabeleceu uma lista de obediência canina, comparando 133 raças e as classificando do primeiro lugar ao 79º. A tendência, segundo ele, é que o Spitz Anão e Pequeno obedeçam 85% das vezes ou mais a uma ordem e aprendam um comando novo com cinco repetições e, na pior das hipóteses, com 15.
Temperamento Sereno: Gostam de estar perto do dono, mas não solicitam sua atenção. "Os Spitzes, quando querem minha atenção, chegam perto de mim ou se equilibram em duas patas para ver se eu olho para eles, mas não pulam ou latem", fala Joana Caldas de Holanda, que cria há dez anos, pelo Canil Jazad, em Recife, onde tem 25 Spitzes anões.
Brincadeiras Comedidas: "O Spitz não é de brincar sem parar, tem alguns momentos de euforia e logo sossega", diz Zaki.
Aprendizado de Higiene: A raça aprende fácil onde fazer as necessidades. "É um verdadeiro fresco quando se trata de ficar limpo", observa Zaki. "Se faz xixi no jornal, e a urina escorre e molha as suas patas, ele sai correndo, com cara de horror e só falta levantá-las para que você as limpe."
Cuidados com as Quedas: Por ser pequeno e com a ossatura razoavelmente delicada, quedas e trancos podem ser graves. "Não aconselho um Spitz para quem tem cães maiores e que sem querer possam machucá-lo e me recuso a vender filhotes para crianças com menos de dez anos", declara Zaki.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Kuvasz













GUARDIÃO COMPETENTE E BELO
Ele tem um grande instinto de proteção que vem da época em que guardava rebanhos e enfrentava predadores, como o Lobo Gigante das estepes.
A beleza da pelagem ondulada e branca do Kuvasz e a sua expressão amigável podem ocultar a verdadeira vocação da raça, aprimorada por séculos, que é essencialmente a de proteção.
Pastoreava e guardava rebanhos de povos da Suméria e Babilônia. "Eram tribos nômades que moravam em tendas, onde a presença de cães tornava-se difícil. Portanto, o contato do Kuvasz com o homem era pouco íntimo. Vivia mais com o rebanho, para vigiá-lo", explica a cinóloga Hilda Drumond. "Sua utilidade original era cuidar de ovelhas e cavalos, função que exercia até mesmo sem a companhia humana. Por isso, era importante que desenvolvesse ao máximo a capacidade de afastar as ameaças, pensando e agindo mais por si só do que outras raças criadas para receber instruções do homem", avalia a americana Kathy Ringering.
O padrão da FCI - Federação Cinológica Internacional o define como excelente guardião, extremamente corajoso e audacioso. O Kuvasz transfere o instinto de proteger o rebanho ao dono e à sua propriedade, estendendo os limites ao que a vista alcança, o que torna necessário um muro alto (2,5m) para que ele não o pule.












RESPEITO
O porte avantajado caracterizado por uma robustez moderada e não pesada, aliado a uma atitude sempre alerta que o faz latir firme e insistentemente, bastam para impressionar qualquer intruso.
Na defesa pessoal, a criadora americana Lorraine Blosser conta que age posicionando-se entre o dono e o que lhe parece ser a ameaça, e tenta afastá-la. Se falhar, usa a força e os dentes. Tudo isso é tão rápido que às vezes nem se percebe a seqüência. "Esta é a raça mais perceptiva e intuitiva que já vi", comenta ela. Às vezes parece dormir, mas pode estar em pé em uma fração de segundo.












REAL PERIGO
O seu estilo de superestimar o perigo, partindo do princípio que tudo o que se aproxime e é desconhecido representa uma ameaça, pode não ser ideal na vida urbana ao se traduzir em constantes latidos. Por isso, convém socializar o filhote que vive na cidade, ajudando-o reconhecer o real perigo. Isto é feito reprimindo-o nas situações em que late ou demonstra agressividade e não queremos que o faça. Por outro lado, devemos incentivá-lo quando desejamos reforçar o seu comportamento.
É importante que, desde pequeno, fique bem claro que nós estamos no comando, se não quisermos que ele se julgue o líder e aja como tal, dizem Marcelo e Luciana Abrileri, proprietários de um casal. Quanto mais permitimos que se desenvolva o seu comportamento independente, mais nos parecerá teimoso. Não deve ser adestrado para o ataque, sob o risco de ficar agressivo demais. Com os membros da família é dócil, inclusive crianças e amigos, por quem gosta de ser afagado.
A estrutura física deste cão que tem peito profundo e garupa ligeiramente inclinada, além da musculatura enxuta, favorece a constante movimentação sem grande esforço e, com isso, a cobertura de grandes extensões. "Sua construção sólida, com ossatura forte sem ser pesada, permite que percorra grandes distâncias, qualidade importante para acompanhar os nômades e enfrentar predadores pesados, como os Lobos Gigantes das estepes, com cerca de 60 a 80 kg", explica Hilda. A região lombar longa permite que mude bruscamente de direção, por dar muita flexibilidade. Essas características o tornam apto para buscar uma rês desgarrada e para enfrentar com agilidade um invasor.
Tem faro apurado, mencionado no padrão, e a pelagem dificilmente embaraça nem suja demais, a despeito de ser branca.












Maltês


PEQUENO ADAPTÁVEL



Ele é a menor raça branca do mundo e o mais antigo cão de companhia.


Você leva uma vida calma e quer um pequeno cão peludo que seja a sua cara? Compre um Maltês. Agora, se você é uma pessoa superativa e quer um pequeno cão peludo que seja a sua cara, compre um Maltês! A verdade é que entre as raças de porte diminuto e pelagem vasta, ele é o campeão absoluto em se amoldar ao estilo do dono. Caso more em um lugar sossegado, com pessoas que levem uma vida pacata, será o retrato fiel dessa tranqüilidade. Por outro lado, se o lema for agitação e atividade, numa casa onde crianças pequenas transpirem o ritmo inesgotável da infância ou mesmo adultos que vivam na correria exaustiva do mundo moderno, eis um cão a todo vapor, disposto para brincar e correr o dia todo. Wagner Fernandes que além de Maltês cria Lhasa Apso, Shih Tzu e Yorkshire, pelo Canil White Field, em São Paulo, é testemunha de que entre essas raças, o Maltês é a que mais reflete o estilo do dono. "O Yorkshire é sempre ativo, o Lhasa e o Shih Tzu tendem mais a um espírito tranqüilo e o Maltês incorpora o pique dos seus donos", diz. "Já vendi exemplares para vários casais de idosos com a vida bem sossegada e os cães pareciam 'estátuas'; outros, que iam morar com crianças, viravam verdadeiros animadores de ambiente, brincando por horas a fio." Wagner é apenas um entre os diversos criadores que observam essa maneira peculiar de ser do Maltês. Guga Vinci Barranqueiras, do Canil La Vinci, em Jundiaí - SP, que cria Maltês e Yorkshire e tem 15 exemplares de cada um, considera notável a diferença entre as duas raças. "O Yorkshire tem um temperamento agitado que não se modifica muito, independentemente do ambiente", compara. "O Maltês fica do jeito que você quiser, assimila por completo o mundo em torno dele", constata Guga. A criadora de Maltês, Poodle e Yorkshire, Genalva Correia de Barros, do Canil Lord Leo, em São Paulo, acredita que essa flexibilidade da raça é a grande responsável pela satisfação dos novos proprietários. "Nunca tive uma reclamação daqueles que optaram por comprar um Maltês."
De fato, a raça absorve como poucas o meio a que pertence, e a explicação para isso encontra suas raízes lá atrás, há milhares de anos. Conforme explica a cinóloga Hilda Drumond, que ministra cursos sobre a origem das raças, o Maltês é a mais antiga entre as raças que surgiram com a finalidade exclusiva de ser companheiras e não de exercer funções de trabalho para o homem, com documentos de 4 mil anos a.C.. "Durante todo esse tempo, ele foi tratado e selecionado como cão de companhia, o que explica a grande capacidade de adaptação ao ritmo de vida dos donos, o extremo apego a eles e a inexistência de agressividade com estranhos." Hostilidade não faz parte do mundo do Maltês. Ele recebe bem qualquer visita, chega perto, abana o rabo, brinca se for convidado e fica por ali, como um legítimo cão de companhia. "Tanto faz a pessoa, o Maltês a aceita na hora e isso é regra para cem por cento dos exemplares", assegura Wagner. Se com gente desconhecida, a proximidade é bem-vinda, com os membros da casa, então, trata-se de uma questão absoluta. Seja um exemplar mais ativo, que brinca sozinho mesmo sem ser estimulado ou um mais calmo, que permanece horas deitado olhando ao redor, o Maltês sempre preferirá estar ao lado do dono. A definição de que é extremamente apegado às pessoas é unânime entre aqueles que convivem com a raça. Daí ser um cão para viver perto da família. "Ele não foi feito para ficar só ou isolado no jardim, pois depende da nossa presença para ser feliz, senão pode ficar neurótico e barulhento", argumenta Guga.


CONTRASTE



A característica física que mais chama atenção no Maltês é a pelagem lisa e branca. Mas há algo que dá um toque especial nela. É a chamada "maquiagem preta". O contorno dos olhos, os lábios e o nariz (trufa) são negros e causam um efeito contrastante com tamanha brancura. Não é à toa que a luta dos criadores é principalmente a busca de duas metas: o branco puro, sem manchas alaranjadas e a pigmentação bem preta. Ambas de caráter estético. Conforme descreve o padrão, traços alaranjados causam a impressão de sujeira e apesar de admitidos, constituem uma imperfeição. Manchas definidas, desqualificam o exemplar. A cor marfim pálida, na qual o branco perde o tom brilhante, também é aceitável, porém nunca almejada. Quanto à maquiagem preta, o padrão também é rígido, considerando a ausência de pigmentação nas pálpebras ou na trufa como desqualificações e exigindo que os lábios sejam "rigorosamente pretos". "O cão despigmentado fica sem o contraste e com a aparência feia", fala Eliana de Fátima Bernardo, do Canil Chien Très Joli, em São Paulo. "Quando, por exemplo, apenas um dos olhos tem as pálpebras pretas e no outro são rosadas, fica-se com a impressão de que um olho é maior que o outro." Se a ausência da pigmentação for nos lábios, torna-se impossível ver o formato de semicírculo que possuem quando fechados, mencionado até pelo padrão, dando ao Maltês a expressão sorridente. A trufa, se for rosa, deixa de compor com os grandes olhos o interessante desenho de um triângulo.
Mas que ninguém pense que os filhotes já vêm ao mundo com a maquiagem preta e definida. Muito pelo contrário. "O nariz, os olhos e os lábios são cor-de-rosa", diz Eliana. "Durante a primeira semana começam a aparecer manchinhas pretas neles." Segundo a experiência de 11 anos da criadora, que tem 42 exemplares, na maioria dos Malteses a pigmentação está completa aos dois meses. Se nessa época a parte rosada em torno dos olhos for superior a ¼, pode esquecer: o cão ficará assim. "Quanto à trufa e aos lábios, o ideal é que estejam pretos aos 60 dias, mas há casos que demoram até um ano", garante a americana Lola Tracy, que cria há mais de 20 anos.
A pelagem branquíssima também não é uma condição inerente aos filhotes. Todos os criadores entrevistados observam em suas ninhadas um índice de filhotes com nuances alaranjadas que varia de 10 a 40%. É normal. Tanto que todos também afirmam que entre dois e seis meses, elas desaparecem dando lugar ao desejado branco puro. "O prazo máximo para as manchas sumirem é aos nove meses", assegura o italiano Enrico Franceschetti, presidente do Club Delle Razze di Compagnia e que criou Malteses por 24 anos. "O cão já está com a pelagem definitiva do adulto, não muda mais." Mas Enrico dá uma dica para antecipar a certeza sobre a coloração: "Olhe a cor dos pêlos que estão nascendo sob a pelagem manchada".
Mais uma vez os mistérios das interações genéticas (quando genes que determinam uma característica, como por exemplo a cor, carregam outros genes responsáveis por outra característica, como um certo tipo físico) parecem acenar no mundo canino. Dessa vez, para o Maltês. Pelo menos é o que faz crer a experiência dos dois criadores mais antigos da raça entrevistados por Cães & Cia e que permanecem na ativa: a brasileira Eliana, que cria há 11 anos e a americana Lola, que cria há mais de 20. Ambas observam que os exemplares que nascem com manchas alaranjadas na pelagem, pigmentam mais rápido os olhos, o nariz e os lábios. "A diferença na velocidade de pigmentação é brutal", diz Eliana. "Enquanto a pigmentação daqueles que nascem brancos começa com uma semana de vida e se completa com 2 meses ou mais, nos que têm nuances alaranjadas o processo tem início aos três dias e fica pronto aos 30." Lola endossa: "Filhotes manchados pigmentam primeiro." Eliana, que até chegar a essa conclusão há cerca de 5 anos, tinha muitos problemas de pigmentação em seu canil, resolveu-os quando começou a usar, nos acasalamentos, padreadores com manchas. "Eles transmitem aos filhotes as manchas e, portanto, a pigmentação mais rápida, além de garantida", afirma. "Quando só se cruzam exemplares branquíssimos há uma tendência maior em obter cães adultos com trufa, contorno dos olhos e lábios cor-de-rosa." Mas as duas criadoras explicam que tais cruzamentos usando Malteses com tons alaranjados devem ser feitos com critério, senão corre-se o risco de gerar cães com manchas definitivas, que não somem na idade adulta. "Chega a ser um dilema", diz Lola. "Você resolve o problema da pigmentação, mas se arrisca em fixar a pelagem manchada." A solução que por enquanto tem trazido sucesso para Lola e Eliana é a mesma: evitar que pai e mãe sejam manchados. Basta um. O outro deve ser branco puro.


COMO QUISER



Conhecido pela pelagem lisa e longa até o chão, que se vê estampada nas fotos de revistas, nos canis de criadores profissionais e nas exposições de beleza, o Maltês chega a ser temido pelo trabalhão sugerido pela abundância do seu manto. De fato, se mantido - como pede o padrão - com os pêlos longuíssimos alcançando o solo, ele formará junto com o Yorkshire, a dupla que mais exige cuidados especiais para ficar impecável, entre os peludos de porte semelhante. Os fios finos e macios requerem escovação diária para não embaraçar, e feita com cuidado, senão os pêlos quebram e ficam com um aspecto repicado. O banho tem de ser semanal, e a secagem perfeita, caso contrário a umidade retida causa alergia. "Gasto três horas para lavar e secar um exemplar de pêlo longo e 15 minutos por dia para escová-lo", conta Iacy Giffoni Moura, do Canil Iacy's Funny House, no Rio de Janeiro. Como nem todo mundo tem esse tempo ou disposição para tratar da pelagem, a opção é deixá-la mais curta. Até os criadores, na maioria, só mantêm peludos os cães que estão freqüentando as pistas. "Com o Maltês tosado, basta uma escovação semanal e um banho quinzenal, que levará 30 minutos contando a secagem", compara Iacy. "Além da economia de tempo, o pêlo aparado dá mais liberdade ao cão, que pode brincar no jardim e andar no chão da rua sem ficar imundo", diz Eliana. Aí é só dar asas à imaginação. Há quem apare o Maltês por igual, com um comprimento entre um e cinco centímetros, parecendo um filhote. Ou mesmo quem faça o corte do Schnauzer, curto no dorso, com a saia e o bigode mais longo. "Não há corte específico, cada um faz como quiser", fala Iacy.


PADRÃO OFICIAL



CBKC nº 065a, de 2/5/94.FCI nº 65, de 27/10/89.País de origem: Bacia Mediterrânea Central.Nome no país de origem: Maltese.Nome no Brasil: Maltês.


APARÊNCIA GERAL: cão pequeno, tronco alongado, com uma pelagem branca e bem longa, muito elegante, de cabeça erguida, com confiança e imponência.


PROPORÇÕES IMPORTANTES: o comprimento do tronco ultrapassa, em torno de 38% a altura na cernelha. O comprimento da cabeça é igual a 65% da altura na cernelha.


TEMPERAMENTO E CARÁTER: esperto, afetuoso, muito dócil e inteligente.


CABEÇA: de comprimento igual a 65% da altura na cernelha. Tendendo a larga, um pouco maior que a metade do comprimento.Crânio: de comprimento ligeiramente maior que o do focinho; a largura, entre as arcadas zigomáticas, é igual ao comprimento, conseqüentemente, um pouco maior que a metade do comprimento total. No sentido do comprimento, a linha superior do crânio é pouquíssima arqueada; o topo do crânio, entre as orelhas, é chato, com occipital pouco marcado; arcadas superciliares juntamente com seios frontais são muito pronunciadas; sulco sagital ausente ou pouquíssimo marcado; as faces laterais do crânio são sutilmente arqueadas.Stop: muito marcado, fazendo um ângulo de 90°.Trufa: vista de perfil, fica no alinhamento da cana nasal. A linha anterior do focinho é vertical. Volumosa, arredondada e com as narinas abertas. É, rigorosamente, pigmentada de preto.Focinho: comprimento é igual a 65% do comprimento total da cabeça, portanto, menor que a metade. As regiões sub-orbitais são bem cinzeladas. A altura é um pouco menor que 20% do comprimento.As faces laterais são paralelas, mas vista de frente, não parecem quadradas, enquanto que a face anterior se harmoniza, através das curvas, com as laterais.A linha superior do focinho é reta, com a cana nasal bem marcada no segmento central.Lábios: vistos de frente, a oclusão dos lábios forma um semicírculo bem aberto. Desenvolve-se na mesma profundidade da comissura. Os lábios superiores tocam, perfeitamente ajustados, os inferiores, em toda sua extensão, de modo que a linha inferior fica delineada pela mandíbula. A rima labial é, também rigorosamente pigmentada de preto.Maxilares: moderadamente desenvolvidos, de aparência leve e perfeitamente articulados. A mandíbula forma a linha inferior, reta, com a ponta do queixo em articulação normognata.Dentes: as arcadas dentárias articulam-se perfeitamente e os incisivos fazem a oclusão em tesoura. Os dentes são brancos, bem desenvolvidos e numericamente completos.Olhos: de tamanho maior do que seria normal, abertos, de contorno tendendo ao redondo, pálpebras bem ajustadas, de inserção frontal, aflorante, um tanto ressaltados, jamais profunda. De cor ocre carregado e a orla das pálpebras preta. Vistos de frente, a esclerótica deve permanecer oculta.Orelhas: de formato tendendo ao triângulo e largura, em torno de 33% do comprimento. Inserção alta, acima das arcadas zigomáticas, portadas pendentes, caídas rente às faces. Pouca mobilidade.


PESCOÇO: não obstante seja fartamente revestido de pêlos longos, a nuca permanece bem delineada. A linha superior é arqueada, com o comprimento cerca da metade da altura na cernelha, portanto erguido, sem acrescentar barbela.


TRONCO: o comprimento, medido da ponta do ombro à ponta da nádega, é 38% maior que a altura na cernelha.


LINHA SUPERIOR: reta, até a inserção da cauda.Cernelha: ligeiramente acima da linha superior.Dorso: de comprimento, em torno de 65% da altura na cernelha - tórax amplo de profundidade abaixo do nível dos cotovelos, com as costelas, moderadamente, arqueadas. O perímetro torácico é 66% maior, que a altura na cernelha.Peito: esterno muito longo.Garupa: o contorno continua o da linha superior, sendo muito larga e longa, angulada, em torno de 10° com a horizontal.


CAUDA: inserção no alinhamento da garupa, é grossa na raiz, terminando em ponta. Comprimento em torno de 60% da altura na cernelha, formando uma grande curva, cuja ponta recai sobre a linha central da anca, tocando a garupa. A garupa fazendo uma curva lateral para um dos lados do tronco, é tolerada.


ANTERIORES: vistos no conjunto são bem articulados ao tórax e bem aprumados.Ombros: escápula é igual a 33% da altura na cernelha e angulada de 60° a 65° com a horizontal. Tende a ser paralelo ao plano médio, longitudinal do tronco.Braço: de comprimento maior do que o da escápula e igual aos 40% a 45% da altura na cernelha, angulando a 70° com a horizontal. Bem ajustado ao tórax, nos dois terços proximais, trabalhando quase paralelo ao plano médio longitudinal do tronco.Cotovelo: trabalha paralelamente ao plano médio longitudinal do tronco.Antebraço: seco, com os músculos pouco desenvolvidos, mas de ossatura robusta em relação às proporções da raça. Mais curto que o braço, medindo cerca de 33% da altura na cernelha.Carpo: no prumo do antebraço, com bastante mobilidade, sem nodosidade e revestido de pelagem fina.Metacarpo: com as mesmas características do carpo, sendo reto em virtude do pouco comprimento.Patas: redondas, dígitos compactos e arqueados, com a sola das almofadas plantares e digitais, pigmentadas de preto. Unhas escuras, preferencialmente pretas.


POSTERIORES: vistos em conjunto, ossatura robusta e paralelos. Vistos por trás, aprumados desde a garupa.Coxa: com músculos rígidos e o perfil posterior arqueado. Paralela ao plano médio longitudinal do tronco é, relativamente, pouco angulada. De comprimento próximo aos 40% da altura, na cernelha e largura, um pouco menor que o comprimento.Pernas: com a crista da tíbia pouco marcada, fazendo um ângulo de 55° com a horizontal e de comprimento, ligeiramente maior que o da coxa.Jarrete: angulado a 140° com a tíbia, a distância da ponta ao solo é, ligeiramente, maior que 33% da altura na cernelha e, perfeitamente aprumado.Patas: com características idênticas às dos anteriores.


MOVIMENTAÇÃO: uniforme, rasante, fluente, com passadas curtas e muito rápidas no trote.


PELE: bem ajustada e toda bem amoldada ao corpo, pigmentada com manchas escuras e vermelho vinho, especialmente no dorso. A orla das pálpebras, a terceira pálpebra, rima labial e as mucosas são pretas.


PELAGEM: simples, sem subpêlo, densa, de textura sedosa, brilhante, caindo pesadamente e bem longa em todo o corpo, permanecendo lisa ao longo da linha superior, sem indício de ondulação ou encaracolamento. No tronco, o comprimento do pêlo ultrapassa o da altura na cernelha e cai, pesadamente, no solo como um manto bem assentado sobre o tronco, o qual deve modelar, sem dividir-se nem formar tufos ou mechas. Os tufos ou mechas são admitidos nos membros anteriores, desde o cotovelo e, nos posteriores, desde o joelho abaixo até as patas. Na cabeça, a pelagem é bem longa, tanto na cana nasal, onde se confunde com a barba, quanto no topo do crânio, de onde cai, até mesclar-se com a das orelhas. Na cauda, os pêlos caem de um só lado do tronco, quer dizer, sobre um dos flancos e sobre a coxa, o comprimento alcança os jarretes.


COR: branco puro, admitindo-se o marfim pálido. Traços de laranja pálido, sob a condição que pareçam pêlos sedosos, são admitidos, mas indesejáveis, constituindo, portanto, uma imperfeição, dando a impressão de pêlos sujos. Não são admitidas as manchas definidas, ainda que pequeníssimas.


TALHE: altura para os machos 21 a 25 cm na cernelha. Para as fêmeas de 20 a 23 cm. Peso - de 3 a 4 quilos.


FALTAS: qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade, valendo, inclusive, para o estrabismo bilateral e para o comprimento do tronco que ultrapasse os 43% da altura na cernelha.


FALTAS ELIMINATÓRIAS: cana nasal romana fortemente acentuada; prognatismo acentuado, se alterar o aspecto formal do focinho. Nos machos, altura acima de 26 cm ou abaixo de 19 cm; nas fêmeas, acima de 25 cm ou abaixo de 18 cm.


DESQUALIFICAÇÕES:


•1•Divergência ou convergência acentuada das linhas superiores do crânio e do focinho;
•2•Trufa, despigmentação total ou pigmentação diferente do preto;
•3•Despigmentação total das pálpebras;
•4•Prognatismo superior;
•5•Olhos porcelanizados;
•6•Anurismo ou braquiurismo congênitos ou adquiridos;
•7•Pelagem ressecada;
•8•Qualquer cor diferente do branco, exceto o marfim pálido;
•9•Manchas de qualquer cor, por menores que sejam;
•10•Mono ou criptorquidismo; ou desenvolvimento insuficiente de um ou de ambos os testículos.



NOTA: os machos deverão apresentar dois testículos de aparência normal, completamente descidos e bem acomodados na bolsa escrotal.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Akita







UM SÓ NOME, DUAS PAIXÕES

Um congresso mundial, inédito na cinofilia, define o Akita "americano" como incompatível com os rumos desejados pelo Japão, país de origem da raça.
Tóquio, dezembro de 1996. Num dos grandes hotéis da cidade, 41 representantes dos mais importantes clubes do Akita em catorze países, espalhados por quatro continentes e responsáveis pela maior parte da criação da raça no mundo, encontraram-se por três dias. O anfitrião, maior entidade da cinofolia no país de origem da raça, o Japan Kennel Club (JKC), elevou ao extremo a tradicional cortesia japonesa - o patrocínio do evento se estendeu à passagem e hospedagem de todos os participantes estrangeiros.
O que reuniu aqueles homens foi uma paixão em comum. Ou melhor, duas diferentes paixões nascidas de uma só: o Akita. Essa raça, pelos desígnios do destino e da vontade humana, nas últimas décadas foi dividida em dois tipos distintos. E levou aqueles congressistas ao mais importante encontro jamais promovido em função de uma raça canina. "Nunca vi nada parecido", assegurou a Cães & Cia o experiente membro da comissão de padrões oficiais da Federação Cinológica Internacional (FCI), Raymond Triquet.
O anfitrião - um dos responsáveis pela diferença de tipos do Akita - e os Estados Unidos - o outro responsável - eram os principais protagonistas. "Nós, os japoneses, somos culpados pelo incorreto tipo americano e pedimos ao mundo que nos perdoe", declarou em 1995, numa convenção na Alemanha, o então presidente-executivo do JKC, Toyosaku Kariyabu. Os demais convidados representavam milhares de Akitas, proprietários e criadores das outras partes do mundo, todos afetados de alguma maneira pelos atos dos dois principais protagonistas.


PADRÃO OFICIAL

CBKC n° 255b, de 6/6/94.

FCI n° 255/GB, de 16/7/92.País de origem: Japão.

Nome no país de origem: Akita-Inú.

Utilidade: Guarda.Prova de trabalho: para o campeonato, independe. SUMÁRIO HISTÓRICO: originalmente japoneses, foram de porte pequeno para médio, não existindo o porte grande. Originários da região de Tohoku, como cão de caça de porte médio o Akita Matagi (cão de caça ao urso, por volta de 1630 970 no clã dos Satake, na região Akita, onde os criadores promoviam rinha de cães que eram incentivadas para o crescimento da moral dos Barões das terras locais, de acordo com as reminiscências históricas.
Subseqüentemente a raça recebeu influência de uma raça que se julgava ser um Mastife de propriedade de um engenheiro de minas, alemão nas minas de cobre de Kosaka e com um cão de rinha Tosa (acasalamento de porte médio do Shikoku Mastife com o Braco Alemão de Pêlo Curto, o São Bernardo e o Dogue Alemão etc.) antigamente conhecido pelas orelhas pontiagudas e a cauda em anel, que eram as antigas origens do Akita, que foram perdidas. Em 1908, a rinha de cães foi proibida e a opinião pública tornou-se gradativamente favorável à preservação da raça entre os professores e as pessoas esclarecidas. Em 1919, a lei da preservação de monumentos naturais foi promulgada e, como resultado do esforço dos cinófilos, a raça foi desenvolvida daí por diante; em 1931, nove excelentes cães tornaram-se imensamente populares.
No final da 2ª Guerra Mundial, em 1945, foram enviados esforços para eliminar a linhagem dos Mastifes e de outras raças estranhas aos poucos remanescentes Akitas, para definir o Akita puro, o que resultou na definição da cepa dos Akitas de grande porte conhecida nos dias de hoje.APARÊNCIA GERAL: de porte grande, construção sólida, bem proporcionado e substancioso, características de sexualidade bem definidas, com uma figura de elevada nobreza e dignidade em sua modéstia; valentão por constituição.
PROPORÇÕES IMPORTANTES: a relação de proporção entre a altura na cernelha e o comprimento do tronco é 10:11, sendo, nas fêmeas, ligeiramente mais longo.
TEMPERAMENTO E COMPORTAMENTO: decidido, fiel, dócil e receptivo.
CABEÇA: crânio proporcional ao tronco. Testa larga com um stop bem definido e um sulco sagital bem visível mas, sem rugas. Bochechas, moderadamente desenvolvidas. A cana nasal é reta com a trufa volumosa e preta, sendo admitida a trufa cor de carne para os exemplares brancos. Focinho de comprimento moderado, largo nariz diminuindo sem ser bicudo. Os lábios são bem fechados. Os dentes, fortes, articulados em tesoura.
OLHOS: relativamente pequenos, triangulares, bem separados, de cor marrom escuro. Melhor a cor mais escura.
ORELHAS: relativamente pequenas, grossas e triangulares, ligeiramente inclinadas para a frente e eretas e inclinadas para frente, moderadamente separadas e sutilmente arredondada nas pontas.
PESCOÇO: grosso e musculoso, sem barbela e proporcional à cabeça.
TRONCO: dorso reto e forte. Lombo largo e musculoso. Peito profundo e antepeito bem desenvolvido. Costelas moderadamente arqueadas e o ventre bem recolhido.
CAUDA: de inserção alta, grossa e portada sempre bem enroscada sobre o dorso. Se for esticada, a ponta quase toca o jarrete.
MEMBROS ANTERIORES: ombros moderadamente inclinados e desenvolvidos, membros retos e boa ossatura, cotovelos bem ajustados.
MEMBROS POSTERIORES: bem desenvolvidos, fortes e, moderadamente, angulados.
PATAS: fortes, redondas, arqueadas e compactas.
MOVIMENTAÇÃO: elástica e potente.
PELAGEM: pêlo duro e reto, com um subpêlo macio e denso; a cernelha e a garupa são revestidas com uma pelagem ligeiramente mais longa; os pêlos da cauda são ligeiramente mais longos.
COR: ruivo, sésamo (gergelim), tigrado e branco. Com exceção do branco, todas essas cores deverão ter "URAJIRO". (URAJIRO=pelagem esbranquiçada nas laterais do focinho, nas bochechas, sob o queixo e no pescoço, no peito, toda a linha inferior e face medial dos membros).
TALHE: altura na cernelha: machos-67 cm; fêmeas-61 cm. Com uma tolerância de, mais ou menos, 3 cm.FALTAS: qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.1) Máscara preta deve ser considerada falta.

•2•Manchas brancas são toleradas, mas a ausência delas é preferível.

•3•Medo.

•4• Prognatismo superior ou inferior.

•5•Língua manchada.

•6•Características de sexualidade reversa.

•7• Íris de cor clara.

•8• Falta de dentes.

•9• Cauda curta.DESQUALIFICAÇÕES:1) Orelhas caídas ou semicaídas.

•10• Cauda pendente.

•11• Pêlos longos (peludo).NOTA: os machos devem apresentar dois testículos, de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.

ROTTWEILER




ALÉM DE GUARDA, AMIGÃO
Saiba como obter desse guardião, líder absoluto em registros no País, o máximo no convívio com toda a família e com os amigos da casa.
Ele só não está no Guinness Book dos Recordes como o maior fenômeno de crescimento quantitativo assistido pela cinofilia brasileira porque ninguém teve a idéia de comunicar aos editores responsáveis. O fato é que as qualidades de cão de guarda do Rottweiler vêm sendo prestigiadas por uma legião de brasileiros multiplicada de forma fantástica a cada ano, desde 1987. Ao tipo físico robusto e intimidador desse cão, une-se um jeito implacável de fazer a guarda. Sua autoconfiança descrita até no padrão oficial está associada a um forte instinto de liderança, responsável por uma determinação e coragem extraordinárias.
Tamanha força de temperamento tem sua contrapartida. O convívio feliz com o Rottweiler exige mais que um dono - é preciso ser aceito por ele como líder. Essa condição está ao alcance da maioria das pessoas, de forma bastante simples. Basta disciplinar o comportamento do Rottweiler desde pequeno e ele terá tudo para crescer um amigão companheiro da família, e também ganhará maior equilíbrio no desempenho da sua vocação principal: a guarda. Conhecer as técnicas para alcançar esse resultado é uma garantia de êxito na educação e socialização dele. Além do mais, é a melhor forma de evitar erros cujas conseqüências vão desde um desenvolvimento de atitudes desagradáveis no convívio até ataques sem motivo, inclusive ao dono e a seus familiares.




PADRÃO OFICIAL
CBKC n°147a, de 12/04/1994.
FCI n° 147f, de 15/12/1988.País de origem: Alemanha.
Nome no país de origem: Rottweiler. Utilização: tração, guarda e boiadeiro.
Prova de trabalho: necessária para o campeonato internacional. APARÊNCIA GERAL: é um cão robusto, porte de médio para grande, sem ser leve, grosseiro, pernalta ou esguio. Sua estrutura, em proporções corretas, forma uma figura compacta, forte e bem proporcionada revelando potência, agilidade e resistência. ESTRUTURA E PROPORÇÕES: o comprimento do tronco, medido da ponta do esterno à protuberância do ísquio, é maior que a altura na cernelha, no máximo, 15%. COMPORTAMENTO E CARÁTER: é, basicamente, amigável e pacífico. Sua estampa revela primitivismo, é autoconfiante, com coragem e nervos firmes. Sempre atento a tudo o que cerca, reage com grande presteza. CABEÇA
Crânio: de comprimento médio, largo entre as orelhas. Visto de perfil, linha da testa é moderadamente arqueada. O occipital é bem desenvolvido, sem ser muito protuberante. Stop: bem desenvolvido.
Focinho: não deve parecer alongado nem curto em proporção ao crânio. Cana nasal reta; larga na raiz, diminuindo moderadamente. Trufa: bem desenvolvida, mais para o oval que para redonda, com narinas relativamente grandes e sempre de cor preta. Lábios: pretos, ajustados, comissura labial fechada, gengivas escuras, preferencialmente. Maxilares: maxila e mandíbulas fortes e largas. Faces: arcadas zigomáticas bem desenvolvidas. Dentadura: forte e completa (42 dentes), os incisivos apresentam mordedura em tesoura. Olhos: tamanho médio, amendoados, de cor marrom profundo e pálpebras bem ajustadas. Orelhas: de tamanho médio, pendentes, triangulares, sem dobras, bem separadas, de inserção alta. O crânio aparenta ser mais largo quando as orelhas estão voltadas para frente e caídas bem rente às faces. PESCOÇO: forte, moderadamente longo, bem musculado, com uma linha superior ligeiramente arqueada, saindo dos ombros, seco, sem barbelas ou peles soltas. TRONCO
Dorso: reto, firme e forte. Lombo curto, forte e profundo.
Garupa: larga, de comprimento médio, ligeiramente arredondada e angulação média. Peito: largo e profundo (aproximadamente a metade da altura, na cernelha) com antepeito bem desenvolvido e costelas bem arqueadas. Ventre: linha inferior sem esgalgamento. Cauda: amputada, curta. MEMBROS
Anteriores: visto de frente, membros retos e moderadamente afastados. Visto de perfil, antebraços retos. As escápulas formam um ângulo próximo a 45° com a horizontal. Ombros: bem articulados.
Braços: bem ajustados ao corpo. Antebraços: fortemente desenvolvidos e musculosos. Metacarpos: algo flexíveis e fortes, nunca escarpados.
Patas: redondas, bem fechadas e arqueadas. Almofadas plantares rígidas, unhas curtas, pretas e fortes. Posteriores: Generalidades: visto por trás, os membros são retos e moderadamente afastados. Em stay natural, a coxa forma um ângulo obtuso com a garupa e com a perna, assim como a perna com o jarrete.
Coxas: relativamente longas, largas e fortemente musculadas. Pernas: longas, fortes, amplamente musculadas comandando, com vigor os poderosos e bem angulados jarretes, jamais em ângulo muito aberto. Patas: pouco mais alongadas que as anteriores, mas igualmente bem fechadas e arqueadas, com dedos fortes e sem ergôs. MOVIMENTAÇÃO: o Rottweiler é um trotador. O dorso permanece firme e relativamente imóvel. A evolução dos movimentos é harmônica, segura, forte e fluente, com um bom alcance de passada. PELE - Couro da cabeça: bem ajustado, podendo, quando em atenção, apresentar leves rugas. PELAGEM: formada de pêlo e subpêlo. Pelagem: pêlo rijo, comprimento médio, tosco, denso e assente. Nos posteriores o pêlo é um pouco mais longo.
Subpêlo: lanoso, não devendo ultrapassar o comprimento da pelagem externa.
COR: preto, com marcações de fogo bem delimitadas numa rica coloração de castanho avermelhado nas faces, focinho, garganta, peito e pernas, bem como, acima dos olhos e sob a raiz da cauda. TALHE - altura na cernelha para MACHOS: 61 a 68 cm. 61 a 62 cm, pequeno. 63 a 64 cm, médio 65 a 66 cm, grande = altura ideal. 67 a 68 cm, muito grande. Peso: 50 quilos. Altura na cernelha para FÊMEAS: 56 a 63 cm. 56 a 57 cm, pequena. 58 a 59 cm, média. 60 a 61 cm, grande = altura ideal. 62 a 63 cm, muito grande. Peso 42 quilos. FALTAS Aparência geral: leve, esguia, pernalta, musculatura e ossatura fracas. Cabeça: com expressão de "hound", muito estreita, leve, muito curta, longa, pesada, testa chata (com ou nenhum stop).
Focinho: focinho longo ou do tipo spitz; nariz romano ou leporino; cana nasal côncava ou caída; trufa clara ou manchada.
Lábios: abertos, cor-de-rosa ou manchados, comissura labial aberta.
Maxilares: mandíbula curta.
Faces: exageradamente, pronunciadas.
Dentadura: mordedura em torquês. Orelhas: de inserção muito baixa, pesadas, longas, dobradas para trás, assim como caindo abertas ou mal portadas.
Olhos: claros, arregalados, profundos ou redondos. Pescoço: muito longo, fino, pobremente musculado, barbelas ou peles soltas na garganta. Tronco: muito longo, muito curto, esguio.
Peito: estreito, costelas achatadas, em barril. Dorso: muito longo, fraco, selado ou carpeado.
Garupa: muito curta, muito plana, ou muito caída ou muito longa. Cauda: inserção muito alta ou muito baixa. Anteriores: pernas dianteiras muito juntas ou não retas. Ombros abertos; articulação de cotovelo insuficiente ou deficiente; braço muito comprido, muito curto ou escarpado; metacarpos fracos ou escarpados; patas abertas; dedos achatados ou excessivamente arqueados, dedos atrofiados; unhas claras. Posteriores: posteriores com coxas planas, jarretes de foice, jarretes de vaca ou pernas em barril, angulações muito fechadas ou muito abertas, ergôs. Pele: couro da cabeça enrugado.
Textura da pelagem: macia, muito curta ou muito comprida; pelagem crespa, ausência de subpêlo.
Cor: marcações com a coloração (marrom) errada, pobremente definidas ou muito extensas.
DESQUALIFICAÇÕESGeneralidades: características sexuais nitidamente reversas (machos afeminados e vice-versa). Cães monórquidos ou criptórquidos. (Ambos os testículos devem ser bem desenvolvidos e nitidamente perceptíveis na bolsa escrotal.) Comportamento: medrosos, tímidos, covardes, com medo de tiro, excessivamente desconfiados ou nervosos. Olhos: amarelos, cada um de cor diferente, entrópio, ectrópio. Dentadura: prognatas, retrognatas, cães com faltas de molares ou pré-molares. Pelagem: pelagem nitidamente longa ou crespa. Cor: manchas brancas, não obedecendo às marcações preto e marrom do Rottweiler.NOTA: os machos devem apresentar dois testículos visivelmente normais, bem desenvolvidos e bem acomodados na bolsa escrotal.

WESTIE








SIMPATIA E OUTROS DONS






Com suas qualidades, o West Highland Terrier pode perfeitamente tornar-se um favorito entre nós.
Ainda raro no Brasil, o West Highland White Terrier tornou-se popular em outros países, como no Reino Unido (4º em registros em 1993), Japão (28º) e EUA (36º). É que, além de seu aspecto, mostra duas faces diferentes: uma é de um charme extraordinário e muita alegria e a outra é a de um cão robusto, intrépido, ativo, dono de si, companheiro ideal para crianças, atento, inteligente e destemido, conforme resume Nora Jacobs do Canil Vom Rotdornweg, de São Paulo - SP.
A pelagem totalmente branca do Westie, como é popularmente conhecido, com contornos arredondados na cabeça, traz à lembrança um bichinho de pelúcia, incluindo detalhes como o nariz e lábios negros, além dos olhos escuros.
Foi exatamente a procura de um pequeno terrier que fosse branco - portanto fácil de seguir nas caçadas -, que levou o Coronel Malcolm de Poltalloch a desenvolver a raça no século passado, nas West Highlands escocesas. Através da seleção de exemplares brancos e areia de Cairn Terrier, raça muito popular no Reino Unido, mas cujos exemplares claros eram banidos da criação, e do cruzamento com o tipo primitivo do Scottish Terrier, ele aprimorou a raça e chegou a exemplares muito parecidos com os atuais Westies. O reconhecimento oficial veio pelo Kennel Club da Grã Bretanha, em 1907, seguido pelo AKC-American Kennel Club em 1908.

WHIPPET





UM CÃO SUPERVELOZ
Este cão tem tudo de um grande corredor. Através de uma combinação de vários fatores, que serão revelados nesta matéria, você vai ficar sabendo como o Whippet consegue a façanha de atingir a velocidade de 60 km horários.
Desde a antigüidade, as caçadas às lebres e as corridas com galgos foram um esporte que atraiu numerosos adeptos, dentre eles, faraós, czares e aristocratas. Por esta razão, a maioria dos galgos gozava de amplos favores nas cortes. Porém, ao contrário de seus companheiros, o Whippet teve uma história vivida nos redutos mais populares.
Afinal, não só os nobres apreciavam as corridas de cães. No final do século XIX, os mineradores e tecelões da época trataram também de promover largamente um tipo de corrida diferente as "corridas de pano", empregando esse pequeno galgo.
Nesta modalidade, em vez de perseguir lebres, os Whippets tinham por objetivo chegar aos braços de seus donos o mais rápido possível. Para tanto, os proprietários ficavam balançando um pedacinho de pano, induzindo os animais a correr. Daí a raça também ter sido conhecida como "O Galgo dos Trapeiros" (no dialeto gaulês).
É à luz destes fatos que algumas características típicas do Whippet podem ser melhor compreendidas. Se hoje ele é um cão tímido, por exemplo, isso ocorreu porque a timidez era uma qualidade muito apreciada na época. Afinal, quanto mais tímido o cão, mais rápido ele chegaria aos braços do dono durante as corridas. Também ao Whippet não interessava possuir olhos laterais, como os outros galgos, para ter um maior campo de visão.
Essa característica é funcional nos galgos caçadores para facilitar, a grande distância, a localização de presas muito rápidas, já que elas mudam de direção na fração de segundos. Já o Whippet, um galgo basicamente de corridas, precisava ter um relativo campo de visão com maior acuidade visual (enxergar com nitidez). Para isso, a raça possui olhos mais frontais. Dessa forma ele podia distinguir bem, de longe, o seu dono dos outros, de modo a não perdê-lo de vista.




BULMASTIFE


GUARDA CONTROLADO

Esse guardião é amoroso com os donos e equilibrado na forma de agir, o que reduz os riscos de acidentes fatais.
Ele é pouco conhecido até em sua terra natal, a Inglaterra. E lá, como nos EUA e no Brasil, bastante confundido. Acontece que o Bulmastife tem uma aparência semelhante a algumas raças mais conhecidas, como o Boxer e o Fila Brasileiro. A confusão tem razão de ser. Todos esses cães pertencem a um grupo chamado de molossos, caracterizado pelo físico robusto, compacto e com boa musculatura; peito volumoso, mais amplo que a parte de trás; cabeça larga e focinho mais curto que o crânio.
Criador antigo de Bulmastife, Alan Rostron, que mora em Manchester, uma grande cidade inglesa, confirma que quando sai à rua com os seus cães poucos os reconhecem e constantemente os confundem com o Boxer ou um mestiço. Situação semelhante passou a criadora, com mestrado em medicina veterinária e vice-presidente da Northwest Bull Mastiff Society, em Washington-EUA, Barbara Brooks-Worrel, quando foi comprar selos nos correios junto com o seu Bulmastife.Um homem se aproximou e explicou que criava Boxers há 15 anos e nunca virá um tão lindo quanto aquele.
No Brasil, o pouco conhecimento da raça é o mesmo. A criadora e veterinária, Kátia Tarraga, do Canil Hillsborough Bullmastiff, em São Paulo - SP, quando caminhava com um dos seus cães foi abordada por um senhor curioso, acreditando ser um Boxer sem a tradicional cirurgia das orelhas e amputação da cauda. "As orelhas compridas, eu até aceito; mas por que deixar a cauda longa?", perguntou surpreso.

CAIRN TERRIER


VIVA A ENERGIA
Este pequeno escocês vive a mil por hora e tem tudo para agradar quem deseja um cão antimonotonia
Ele está entre os menores cães de tipo terrier, grupo que abrange mais de 30 raças e se caracteriza por caçar animais de tocas. O Cairn, além de capturar doninhas, martas, texugos e raposas, tornou-se perito em expulsar presas escondidas sob as pedras das típicas colinas escocesas. Daí o nome Cairn, que em inglês significa "amontoado de pedras".
Aqui no Brasil, este pequeno cão de pelagem eriçada, orelhas eretas e expressão sapeca, foi descoberto por poucos. Nos últimos 15 anos houve apenas dez exemplares registrados. Já, na Inglaterra, é popular. Lá, o Cairn é a 18° raça mais registrada entre as 186 reconhecidas. Entre os franceses, também conquistou muitos fãs. "Na França é uma das 20 raças mais vendidas para companhia", diz Hervè Fontaine, do Canil Oleage de Terrardieare, Millonfosse, França.


PADRÃO OFICIAL
CBKC n°4 de 22/4/1994.FCI n° 4b de 24/6/1987.Classificação FCI: Grupo 3: Terriers. Seção B: de Pequeno Porte. País de Origem: Grã-Bretanha. Nome no país de origem: Cairn Terrier. Utilização: caça e companhia.Prova de trabalho: para campeonato, independente.Aparência Geral: ágil, alerta, habilidoso, apresentado ao natural. Firme nas patas dianteiras. Posteriores poderosos. Peito profundo, bem fluente na movimentação. Pelagem resistente às intempéries.Características: deve impressionar por sua atividade, habilidade na caça e audácia.Temperamento: coragem e alegria e disposição; impetuoso, porém não agressivo.Cabeça e Crânio: cabeça pequena, mas proporcional ao corpo. Crânio largo; uma evidente interrupção entre os olhos, com stop definido. Focinho poderoso, mandíbula forte, sem ser longa ou pesada. Trufa preta. Cabeça bem provida de pêlos.Olhos: bem separados, de tamanho médio, avelã escuros. Inserção moderadamente profunda, com sobrancelhas cerradas.Orelhas: pequenas, pontudas, bem portadas e eretas, inseridas não muito juntas, de pelagem leve.Boca: dentes grandes. Maxilares fortes, com uma mordedura em tesoura perfeita, regular e completa, isto é, os dentes superiores ultrapassando e tocando levemente os inferiores e inseridos perpendicularmente aos maxilares.Pescoço: bem inserido não sendo curto.Anteriores: espáduas obliquas, pernas de comprimento médio, ossatura bem desenvolvida sem ser muito pesada. Anteriores nunca devem expulsar os cotovelos. Pernas revestidas de pêlos ásperos.Tronco: dorso de nível, tamanho médio. Costelas bem arqueadas; lombo forte e flexível.Posteriores: coxas muito fortes e musculadas. Boa angulação de joelhos, sem ser excessiva. Jarretes curtos e, vistos por trás, aprumados e corretamente direcionados para frente.Patas: anteriores maiores que as posteriores, podem ser, ligeiramente, voltadas para fora. Almofadas plantares grossas, dotadas de sola bem resistente. Patas finas, estreitas ou abertas e unhas longas, são indesejáveis.Cauda: curta, proporcional, bem revestida de pêlos, sem ser franjada. De inserção média, portada acima da horizontal, mas sem curvar-se sobre o dorso.Movimentação: passadas bem livres e fluentes; os anteriores com bom alcance de passadas. Os posteriores fornecendo forte propulsão. Jarretes trabalhando com afastamento moderado. Pelagem: muito importante. Resistente a intempéries. Dupla, com a pelagem externa profusa, áspera, sem ser rústica; o subpêlo é curto, macio e cerrado. A pelagem aberta é indesejável. Permitidas suaves ondas.Cores: creme, trigo, vermelho, cinza ou quase preto, podendo ser rajadas. Áreas pretas, nas orelhas e focinho, fazem parte da tipicidade da raça. Inaceitáveis as cores pretas, brancas sólidas, ou preto e canela.Talhe: aproximadamente, 28 – 31 cm de altura, na cernelha, mas sempre em proporção ao peso ideal de 6 - 7,5 quilos.Faltas: qualquer desvio, dos termos deste padrão, deverá ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.Nota: os machos deverão ter dois testículos, de aparência normal, completamente descidos na bolsa escrotal.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Bulldog Francês


EXÓTICO E AFETUOSO
Alegre, carinhoso e paciente com as crianças, este cão é um companheiro por excelência.
Orelhas "de morcego", cara superachatada com dobras e rugas na cabeça, lábios negros pendentes. Um conjunto de detalhes capaz de dar inveja a qualquer personagem de ficção e que faz parte da aparência deste cãozinho amoroso: o Buldogue Francês.
Na França, o seu país de origem, é chamado Bouledogue François. Boule, que significa arredondado, é devido às suas formas, e Dogue, que quer dizer cão de fila, ou seja, de agarrar com os dentes, faz referência à mandíbula poderosa. O nome usado no Brasil vem do inglês French Bulldog, que se traduz como cão boiadeiro Francês, portanto com significado um pouco diferente. Em vista disso, o nome mais correto para a raça seria Bouledogue Francês.


ÂNIMO


Compacto, este cão foi desenvolvido para fazer companhia. De olhar vivo, expressão dócil e inteligente, há momentos em que parece sorrir. É ativo, animado e convive muito bem no ambiente familiar, onde desenvolve ao máximo o seu temperamento. Quer afeto e retribui com total dedicação. Raramente se afasta dos donos.
Além de extremamente amoroso, é alegre e comunicativo. Aprende uma variedade de truques, sempre pronto a brincar e agradar ao dono e demais moradores da casa. O criador Cláudio Rosa, do Canil Buena Vision, de Porto Alegre-RS, comenta que de tão animado que é "quem já conviveu com um Buldogue Francês corre o risco de achar outras raças chatas".
Demonstra um bom instinto de defesa e é atento para dar o alarme. O padrão FCI – Federação Cinológica Internacional, o classifica como cão de companhia, guarda e lazer. "Cordial, aceita até apanhar, mas se perceber alguma intenção agressiva contra seus donos, avança sem medo", comenta Jandira Magada Bruno, do Canil Matas de Catigeró, Florianópolis-SC.
Com relação à obediência, é essencial que ele entenda o desejo de seu dono, ou de qualquer outro membro da família para obedecer logo. Porém, se encarar o pedido como uma ordem, só obedecerá se for dado com energia e firmeza.
É um cão urbano, sem necessidade de grandes espaços. Basta que caminhe poucos quarteirões por dia. Graças ao pêlo liso e asseio não traz muita sujeira para casa.
Gosta de crianças, com quem brinca e é tolerante. Se elas o agridem não faz qualquer esforço para revidar. Simplesmente se afasta. Dá-se bem com outros cães e animais se for acostumado desde pequeno.
Sua história começa no século XIX, quando apareceram tipos menores de Bulldogs Ingleses. Estes chegaram à França e lá foram cruzados com outros cães da região que lhes passaram as orelhas de morcego, a rusticidade e o espírito caçador, especialmente de ratos. Do Bulldog Inglês, um cão de arena que combatia touros, tem a força, a coragem e a resistência à dor.
O primeiro padrão oficial foi elaborado em 1888. a raça é reconhecida tanto pela FCI, que segue o padrão francês, como pelo AKC – American Kennel Clube, dos EUA.
A cor fulva (amarelo amarronzado) não é aceita pela FCI, mas bastante criada nos EUA, Inglaterra e países escandinavos. Em 1992 houve um pedido da Suécia para que a FCI viesse a aceitar a cor. O clube francês da raça, responsável pelo padrão seguido pela FCI, negou a autorização alegando não ser esta cor considerada como original da raça.

AFGHAN HOUND


Cheio de Estilo


Não se pode negar que é uma raça com estilo próprio. Entre todas as raças, o Afghan é o mais esnobe, mas sem perder a elegância.
Com a cabeça sempre erguida, a cauda em riste, um andar suave e o olhar distante, tem tudo para "dar aulas" em desfile de moda, tamanha a elegância, tanto andando, como parado, pois a postura é impecável. Costumam dizer que é até meio exibido, pois ao parar, chega a olhar para os lados para ver se tem uma platéia o admirando.A pelagem consiste em fios retos, lisos, macios e compridos, sendo um tanto incomum para uma raça de porte grande. O contraste fica por conta da pelagem curta sobre a linha da coluna, geralmente mais escura que o resto. Alguns têm um complemento como a barbicha, também chamada de mandarim, o que parece agradar mais os criadores. Se estiver correndo, dá a impressão de estar vestido com um tecido esvoaçante, pois é como fica o aspecto de sua pelagem ao vento.
O físico alto, magro, com pernas longas e corpo estreito, conferem um tipo esbelto e refinado. A cauda é fina e enrolada e por não ter pêlos, tem um aspecto engraçado, comparado ao corpo peludo.


O Perfil
O Afghan adora correr, e por isso mesmo é uma das raças usadas em corridas caninas, tanto nos EUA, como na Europa, pois tem muito fôlego e energia. Além disso, precisa de exercícios, portanto, procure sempre sair com ele para caminhar por pelo menos meia hora. Se puder sair duas vezes ao dia, melhor.
Fora isso, o convívio com ele é sempre sossegado. Apesar de grande, é pacato e se adapta bem em ambientes pequenos. Quando estiver em casa, provavelmente estará repousando.
Poderá viver na companhia de outros cães, pacificamente, mas ainda assim, é um cão de guarda excelente, conservando talvez o instinto de guarda dos antigos templos.
Quando nasce, tem a cara chata, poucos pêlos e focinho curto. Nem de longe lembra um Afghan. A idade ideal para adquirir um Afghan é aos dois ou tres meses, pois nessa época, ele já terá cara de Afghan. A partir disso, ele entrará em crescimento acelerado. A cor que ficará definitiva, será a que está predominando por baixo.

A cauda ficará esticada até os cinco meses, depois disso irá enrolar, como um ponto de interrogação.O físico dos filhotes ainda são meio desengonçados em relação ao de um adulto, mas não se desanime. Em breve ele se tornará um adulto esbelto.
Outra coisa muito importante é a de antes de comprá-los conhecer os pais do filhote, pois os dois grandes problemas que a raça tem são: a angulação correta do ombro, o que tira o "ar" de superioridade, típico da raça e o outro é o dorso selado, ficando arqueado para baixo, e esses defeitos geralmente são hereditários.
As fêmeas, são excelentes mães.

A fêmea que o criador João Russo Neto tem em sua casa, teve 4 filhotes lindos. O parto foi assistido pela veterinária de confiança de João e durou quase 9 horas. João diz, que depois do parto e até uns dias atrás, se não fosse alimentar a fêmea, ela morreria de inanição, pois não abandona os filhotes nem para ir até o pote de ração.

Dobermann


Amantes da raça alertam para a importância das características físicas ideais do Dobermann, que fizeram sua fama de excelente defensor.
Dobermann brasileiro esta passando pela pior fase dos últimos 20 anos. Esta é a opinião de José Peduti Neto, juiz de todas as raças há 30 anos, que já julgou mais de dois mil Dobermanns no Brasil e no Exterior. E não é só ele que pensa assim: vários adestradores e criadores também. "A situação da raça está péssima. Muitas vezes eu saio para comprar um Dobermann e acabo desistindo", diz o adestrador Carlos Rangel, administrador da empresa de segurança Pires, que já adestrou cerca de 300 Dobermanns em seus 24 anos de experiência. "A qualidade do plantel decaiu muito, pois se reduziu o número de criadores que investiam na raça, importando e enviando fêmeas para acasalar no exterior", afirma Zanizar Rodrigues da Silva, criador há 14 anos pelo Zards Kennel, em São Paulo, e juiz especializado na raça.
A crítica rigorosa desses especialistas refere-se a incorreções físicas que prejudicam uma das marcas registradas da raça: a agilidade. Ela foi um dos fatores decisivos para a eleição do Dobermann como a melhor raça de guarda entre as sete mais populares, por três conceituados adestradores. Dos 15 critérios avaliados, três tinham relação com agilidade, e somente o Dobermann se destacou em todos: "capacidade de correr e saltar ameaçadoramente", "agilidade ao lutar" e "facilidade de fazer a ronda". Como os próprios entrevistados ponderam, uma redução da agilidade compromete o potencial máximo do Dobermann em situações em que perder alguns segundos pode ser decisivo.


MOVIMENTAÇÃO
Correr e pular sem parar no portão ajuda a intimidar os passantes. É uma encenação desgastante que cansa fácil outras raças menos ágeis e mais pesadas - mas não um bom Dobermann. A raça também se destaca pela habilidade de saltar em todas as direções e desviar de chutes, tiros e facadas. Isso reduz a vulnerabilidade durante um confronto. E tem mais: com um salto rápido e certeiro, pode impedir que um bandido use uma arma. Suas qualidades físicas permitem ainda percorrer um terreno por um bom tempo sem se cansar. Essa capacidade é importantíssima para defender sítios ou terrenos industriais.
Um bom Dobermann também consegue correr em alta velocidade, o que facilita perseguições a invasores. "Quanto menor o tempo para trocar de passada e maior o passo, maior a velocidade e menor o gasto de energia", explica Peduti. Ou seja: o cão corre mais e se cansa menos. Flexibilidade é outra característica típica da raça: as pernas do Dobermann devem ser elásticas o suficiente para saltar com facilidade. Quanto maior a propulsão, maior o pulo. E isso também é fundamental numa perseguição, quando ele pode ter de transpor barreiras. Para desenvolver todas essas capacidades - agilidade, velocidade e flexibilidade - o Dobermann precisa ter um equilíbrio perfeito entre tamanho dos ossos, musculatura e encaixe das articulações. Mas nem sempre é isso que se vê.


MORDIDA
Uma das armas mais poderosas de um cão de guarda é a sua mordida. Num ataque, a capacidade de abocanhar corretamente, fixar os dentes e segurar a "presa" é o que faz a diferença entre o sucesso ou o fracasso. Por isso, o Dobermann deve ter mandíbulas fortes, e mordida ampla: o focinho tem de ser largo na região dos dentes da frente; e sua boca, quando aberta, deve alcançar até os molares. A dentição tem de ser completa, e a mordedura, em tesoura (os quatro dentes da frente da arcada superior devem se sobrepor aos quatro de baixo). Isso praticamente impossibilita retirar algo que esteja sendo mordido pelo cachorro, enquanto sua boca permanecer fechada. "Ao lado dos dentes incisivos, os caninos, mais longos, funcionam como uma trava que se finca e segura firme", diz Rangel.
Têm aparecido alguns cães prognatas - com os dentes inferiores fechando à frente dos de cima, como nos Buldogues. O Dobermann tem um focinho longo que, ainda que deva ter boa largura na região dos dentes da frente, não é tão largo como nas raças naturalmente prognatas. Isso significa que quando ele morde, a área de apoio é pequena e exige um encaixe mais perfeito para fixar bem a presa. Um Dobermann prognata não consegue. "É o que observamos nos treinos: fica fácil tirar da boca deles a luva usada para receber as mordidas durante o ataque, porque suas mandíbulas têm menos pressão", conta Rangel. Se o cão resistir, terá de fazer muita força, e ficará mais cansado.
Quando faltam dentes, o cão sente dor ao morder e sua gengiva pode até sangrar. O dente que faria "par" com o que está ausente pode machucar a gengiva quando o cão aperta as mandíbulas para morder com força. A gravidade do problema vai depender de quais dentes estão faltando. "A falta de dentes da frente é pior do que a falta de dentes de trás, sobretudo se for um canino ou um outro dente grande", explica Rangel. O próprio cachorro entende que falta de dentes ou mordida errada atrapalham a eficiência do ataque - muitos deles perdem o interesse durante essa parte do treinamento. "Já vi isso acontecer com um prognata durante uma prova de adestramento", revela. "Apenas um cão com grande agressividade não seria prejudicado no trabalho pela falta de dentes", acrescenta Zanizar.


PADRÃO OFICIAL
CBKC: nº 143, de 2/8/94.FCI: nº 143d, de 14/2/94.País de origem: Alemanha.Nomes: no país de origem: Dobermann Pinscher.EUA - Doberman Pinscher. CBKC: Doberman.Aparência Geral: o Dobermann é um cão de porte médio, forte e musculosamente construído. Através das elegantes linhas de seu corpo, sua estatura arrogante e sua expressão de determinação, ele configura a estampa de um cão ideal.Proporções Importantes: o tronco do Dobermann se afigura quase quadrado, particularmente nos machos. O comprimento do tronco, medido desde a ponta do ombro até a ponta do ísquio (nádegas), nos machos, não deve ser maior que 5% da altura na cernelha e, nas fêmeas, 10%.Comportamento e Temperamento: a atitude do Dobermann é amigável e calma; muito devotado à família, ele ama as crianças. É desejável um temperamento e aspereza médios. É exigido um limiar de excitação médio com um bom relacionamento com seu dono. De fácil aprendizado, o Dobermann adora o trabalho, devendo possuir para tal, expressiva habilidade, coragem e dureza. São também exigidos os valores de autoconfiança e intrepidez, como também, adaptabilidade e atenção para se encaixar no ambiente social.CABEÇA Região do Crânio: robusta em proporção ao tronco. Visto por cima, a cabeça tem um contorno moderadamente cuneiforme. Visto pela frente, o topo do crânio é quase horizontal sem descair para as orelhas. De perfil, a linha superior do focinho é quase reta, em relação à linha superior do crânio, a qual se arredonda sutilmente para a linha superior do pescoço. A arcada superciliar é bem desenvolvida, sem protrusão. O sulco sagital é brandamente visível. O occipital não deve ser eminente. Vistas de frente e de topo, as faces da cabeça não devem ser salientes. O suave arqueamento entre a região posterior da maxila e o osso malar deve se harmonizar com o comprimento total da cabeça, cujos músculos devem ser bem desenvolvidos.

Stop: suave, mas visivelmente desenvolvido.REGIÃO FACIALTrufa: narinas desenvolvidas, mais para largas que para redondas, com aberturas amplas, sem protrusão no conjunto. Pretas nos cães pretos, nos marrons, cores correspondentes mais claras.

Focinho: em proporção correta com o crânio, devendo ser fortemente desenvolvido e com profundidade. A abertura da boca deve ser ampla, alcançando os dentes molares. Na região dos incisivos, superiores e inferiores, o focinho deve ter boa largura.
Lábios: pele bem ajustada e bem modelada aos maxilares, o que garante uma oclusão totalmente cerrada da boca. O pigmento das gengivas deve ser escuro; nos cães marrons a nuança é correspondente e mais clara. Maxilares/Dentadura/Dentes: maxilares poderosos, tanto o superior quanto o inferior, mordedura em tesoura, 42 dentes corretamente engastados e de tamanho médio.
Olhos: de tamanho médio, ovais e de cor escura. Nuanças mais claras são permitidas em exemplares marrons. Pálpebras bem ajustadas e revestidas pela pelagem. Alopecia das pálpebras é altamente indesejável.Orelhas: de inserção alta, portadas eretas e operadas com um comprimento proporcional à cabeça. Nos países cuja otectomia (cirurgia estética de orelha) é proibida, as orelhas inteiras são igualmente reconhecidas (de preferência, tamanho médio, com a borda anterior caindo rente às faces).PESCOÇO: de bom comprimento, sendo proporcional ao tronco e à cabeça. É seco e musculado. O contorno emerge gradualmente, com uma curvatura suave. Portado empinado exibe muita nobreza.TRONCOCernelha: pronunciada tanto no comprimento quanto na altura, especialmente nos machos, determinando, desse modo, a inclinação da linha superior subindo da garupa para a cernelha. Dorso: curto e firme, de boa largura e bem musculado. Peito: de comprimento e largura em correta proporção ao comprimento do tronco. A profundidade, com costelas suavemente arqueadas deve ser de, aproximadamente, 50% da altura na cernelha. Peito de boa largura e antepeito especialmente bem desenvolvido. Lombo: de boa largura e bem musculado. A fêmea pode ser mais longa no lombo em razão da necessidade de espaço para a lactação. Linha inferior: do final do esterno à pélvis perceptivelmente esgalgada. Garupa: suavemente caída, dificilmente perceptível do osso sacro à raiz da cauda, parecendo bem arredondada, sem ser reta nem muito caída, de boa largura e bem musculada. Cauda: de inserção alta e amputada curta, na região aproximada da articulação da segunda com a terceira vértebra caudal (duas vértebras caudais permanecem visíveis). Nos países cuja caudectomia é proibida, a cauda pode permanecer íntegra.MEMBROSANTERIORES: generalidades - visto de qualquer ângulo, são quase retos, verticais e fortemente desenvolvidos.

Ombros: escápula bem ajustada contra o tórax, ambos os lados da borda da escápula são bem musculados alcançando acima do ápice da vértebra torácica, o mais inclinada possível e bem acoplada ao dorso. O ângulo com a horizontal é de, aproximadamente, 50%.
Braço: de bom comprimento, bem musculado, com o úmero fazendo um ângulo com a escápula, aproximado de 110º a 115º.
Cotovelo: trabalhando bem ajustado ao tórax, sem ser para fora.
Antebraço: forte e reto. Bem musculado. Comprimento em harmonia com o corpo inteiro. Corpo: forte.
Metacarpo: ossatura forte. Visto de frente, reto. Visto de perfil, somente uma suave inclinação, máximo 10º.
Patas anteriores: pequenas e compactas. Dígitos bem arqueados para cima (pés-de-gato). Unhas curtas e pretas.POSTERIORES: generalidades - visto por trás, o Dobermann parece, por causa do seu bom desenvolvimento muscular pélvico na coxa e garupa, largo e arredondado. Os músculos correndo do osso pélvico para a coxa e a perna resultam numa largura bem desenvolvida, assim como na região das coxas; na região da articulação dos joelhos e nas pernas. Os posteriores fortes, retos e paralelos.Coxa: de bom comprimento e largura, bem musculada. Boa angulação coxofemoral, fazendo um ângulo aproximado de 80º a 85º com a horizontal.Joelho: articulação forte, sendo formada pela coxa com a perna, bem como a rótula. Angulação aproximada de 130º.
Perna: de comprimento médio e em harmonia com o comprimento total do membro posterior.
Jarrete: médio forte e paralelo. A tíbia articula-se com o metatarso na articulação do jarrete (ângulo em torno de 140º).
Metatarso: curto e vertical.
Pata posterior: como as anteriores, os dígitos são curtos, arqueados e compactos. Unhas curtas e pretas.MOVIMENTAÇÃO: de especial importância tanto para a capacidade de trabalho quanto para a aparência externa. Movimentação elástica, elegante, ágil e boa cobertura de solo. Os membros anteriores alcançando o mais longe possível. Os posteriores fornecendo uma propulsão elástica e de boa amplitude. Anteriores e posteriores de lados opostos movendo-se simultaneamente. Apresenta boa estabilidade nos posteriores, ligamentos e articulações.PELE: ajustada, toda bem amoldada e bem pigmentada.PELAGEM: Pêlos: curtos, duros e retos. Muito bem assentes, lisos e igualmente distribuídos em toda a superfície. Sem subpêlos.
Cor: preto ou marrom, com marcações vermelho ferrugem claramente definidas e limpas; no focinho, uma ilha em cada face e acima dos olhos, no topo dos supercílios, na garganta, duas marcas no antepeito, no metacarpo, metatarso e pés, na face interna das coxas, nos membros e sob a cauda.TALHEAltura: no ponto mais alto da cernelha. Machos 68 – 72 cm, fêmeas de 63 – 68 cm. O tamanho médio é o desejado.
Peso: Machos em torno de 40 - 45 quilos e fêmeas em torno de 32 - 35 quilos.FALTAS: qualquer desvio dos termos deste padrão deverá ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.
Cabeça: muito pesada; muito estreita; muito pequena; muito longa; muito pouco stop; nariz romano; linha superior do crânio muito inclinada; mandíbula fraca; olhos redondos ou rasgados; olhos claros; bochechas muito pesadas; lábios pendentes; olhos protuberantes ou muito profundos; orelhas de inserção muito alta ou muito baixa; comissura labial caída. Pescoço: ligeiramente curto; muito curto; pele solta na garganta; barbela; muito longo (em desarmonia); pescoço de ovelha.Tronco: falta de firmeza do dorso; garupa caída; oscilação de dorso; dorso carpeado; arqueamento de costelas insuficiente ou excessivo; profundidade ou largura de peito insuficiente; linha superior muito longa; falta de antepeito; cauda de inserção muito alta ou muito baixa; esgalgamento insuficiente ou excessivo.Membros: angulação muito aberta ou muito fechada; cotovelos soltos; desvio da posição padrão e do comprimento de ossos e articulações; patas muito compactas ou espalmadas; jarrete de vaca, expulsão de jarretes; jarretes muito juntos; patas abertas ou cedidas; dedos tortos; unhas claras.Pelagem: marcação muito clara ou de contorno indefinido; marcação suja; máscara muito escura; mancha preta no metacarpo; marcação no peito quase invisível ou muito grande; pêlos longos, macios, encaracolados ou foscos. Pelagem fina, alopecia; grandes tufos de pêlos principalmente no tronco; subpêlo visível.
Caráter: autoconfiança inadequada; temperamento muito forte; aspereza muito alta; limiar de excitação muito baixo ou muito alto.Talhe: desvio do tamanho em mais de 2 cm no determinado pelo padrão resulta baixo nível de qualidade.
Movimentação: bamboleante; curta ou dura; passo de camelo.DESQUALIFICAÇÕES: Gerais: características sexuais acentuadamente reversas.
Olhos: amarelos (olhos de falcão), olhos louçados.
Dentadura: prognatismo superior, mordedura em torquês, prognatismo inferior e falta de dentes.
Pelagem: manchas brancas, pêlos acentuadamente longos ou ondulados, pelagem acentuadamente fina ou grandes áreas de alopecia.
Caráter: exemplares medrosos, nervosos ou agressivos.
Talhe: desvio maior que 2 cm.NOTA: os machos devem apresentar dois testículos de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.

Dálmatas


FILHOTES
Embora as modificações ainda não tenham sido devidamente absorvidas pelos criadores brasileiros, convém observar esses detalhes daqui para frente, antes de comprar um filhotinho de Dálmata.
Ao visitar um canil, observe a marcação dos pais para ter uma idéia de como vai ficar a dos filhotes depois de adultos, já que as pintas demoram a chegar à situação definitiva. "Eles não devem ter grandes manchas (patches), nem ser tricolores, tampouco apresentar marcas em monóculo", avisa Pedro Americo Magnani, do Canil Balacobaco, de Ribeirão Preto-SP.
É fácil descobrir um Dálmata patch: ao contrário das outras pintas, que só começam a surgir aos 15 dias, as manchas já nascem com os filhotes. Pedro Américo recomenda, se forem fígado, perguntar ao criador a cor dos antepassados. "Os exemplares de cor fígado, se acasalados por várias gerações, podem gerar filhotes com despigmentação", diz. Verifique a cor das mucosas da boca e do nariz, que não podem ser rosadas nem manchadas. "Observe se a pelagem de fundo é branca, não pode ser cinza", lembra. Pelllizari ressalta, ainda, que os filhotes não devem ter ergôs (quinto dedo das patas dianteiras). É preciso amputá-los aos cinco dias, para evitar que machuquem o próprio cão e as pessoas.
Depois de bem escolhido, um bom filhote não requer muitos cuidados especiais. Magnani diz que não se deve usar escovas comuns no pêlo do Dálmata, que é muito curto. "As cerdas podem irritar a pele e o pêlo morto não sai", conta. Prefira um pano úmido (uma vez por dia na época da muda, que ocorre anualmente; e uma vez por semana no resto do ano). Pellizari recomenda o uso de luvas de borracha. Banhos podem ser dados mensalmente. E as orelhas, limpas a cada quinze dias.
O único problema congênito de saúde relatado pelos entrevistados é a surdez, mais comum em cães brancos. Para ajudar a erradicar o problema, deve-se excluir esses exemplares da reprodução. Segundo os entrevistados, um Dálmata saudável pode proporcionar entre dez e 14 anos de companhia e alegria a seus donos.

SER DÁLMATA É...

•Atrair olhares admirados com sua beleza
•Ostentar elegância
•Ser elétrico por natureza
•Precisar de muito movimento
•Distribuir alegria por onde passa
•Estar sempre pronto a corridas e caminhadas
•Ser brincalhão, meigo, sociável e dócil com crianças
•Ter afinidade com cavalos
•Desconfiar de estranhos, e avisar sua presença, com latidos de alerta
•Conviver bem com outros animais
•Ser rústico, limpo e ter uma saúde de ferro
•Adorar passeios de carro
•Apreciar a companhia do dono
•Viver bem dentro de casa

VISUAL

A importância atribuída à marcação característica da raça é tanta que os criadores empenham-se em garantir a preservação das pintas que ainda hoje distinguem o Dálmata de todos os outros cães.
Isso porque eles acham que não basta ter pintas: elas precisam ser perfeitas para destacar a elegância do cão.
A preocupação com as pintas chega ao requinte de determinar o tamanho ideal que devem ter, bem como a sua forma, a distribuição e a coloração correta.

DACHSHUND OU TECKEL


Não tem uma pessoa que não se sinta atraída pela simpatia desse cãozinho. Com o olhar esperto e o corpo alongado, que parece um salsichão, ele é atraído principalmente pelas crianças.
Um cão extremamente inteligente, charmoso e com olhar esperto. Esse é o dachshund ou teckel, como é conhecido. O nome teckel ganha cada vez mais espaço, inclusive o nome do Clube do Dachshund do Estado de São Paulo, já foi modificado para Clube do Teckel do Estado de São Paulo.
A origem da raça é a Alemanha, onde lidera em número de filhotes registrados.

À teimosia e obstinação de caçador, o Teckel contrapõe carinho e devoção à família e paixão pelo dono. Destaca-se pela alegria, vivacidade, inteligência e coragem.
É preciso saber se impor, para que ele obedeça. É preciso deixar bem claro que o chefe é você, senão ele assume o comando, mas não se deve gritar com ele para que ele não se torne um cão agressivo. Quanto mais idade ele tiver, mas ficará obediente.

Cocker Spaniel


O porte médio, a expressão terna e o comportamento versátil fazem dele um cão de sucesso.
São poucos os cães com a popularidade do Cocker Spaniel .

Mesmo entre as pessoas que menos conhecem cachorros, ele é lembrado. É daqueles que conquistaram um lugar na mente coletiva. Nos países mais conhecidos da Europa, o Cocker desponta lá em cima, como uma das raças mais registradas. Em Portugal, há cinco anos, reina absoluto como o número um. Na Espanha está nada menos do que em segunda posição. Entre os alemães, ocupa a quinta. Na Inglaterra, sua terra natal, se mantém há muito entre o sexto e o sétimo lugar. Na França, figura em oitavo. Aqui no Brasil, não é diferente. Há mais de uma década, o Cocker tem um posto de destaque entre os cinco cães mais registrados. No ano passado, brilhou em terceiro, com quase sete mil registros. Entre os raros países onde não representa uma preferência nacional, estão os Estados Unidos. Compreensível. Eles desenvolveram uma versão própria da raça, o Cocker Americano, feita a partir do Inglês.

GOLDEN RETRIEVER


Com múltiplas aptidões, o Golden apesar de raro no Brasil é um dos cães mais criados no mundo.


Robusto, de pelagem dourada e expressão meiga, o Golden Retriever conquistou multidões com suas qualidades. Tornou-se um dos mais criados cães de família nos países avançados, onde o porte grande é apreciado para fazer companhia não só dentro de casa, mas também em passeios, e por proporcionar melhor resistência às brincadeiras nem sempre delicadas das crianças exigindo, em contrapartida, uma docilidade excepcional.



A sua popularidade lhe dá nada menos do que o segundo lugar em filhotes registrados no Japão e terceiro na Inglaterra. Nos EUA, país com o maior número de cães de raça, fica na quarta posição, com mais de 64 mil exemplares nascidos só no ano passado.
TEMPERAMENTO: afável, amigo e autoconfiante.

Bull Terrier


A aparência singular, e muito engraçada, é só um dos detalhes que tornam este cão único entre todas as raças.


O Bull Terrier chama a atenção, literalmente, de cara. Ao contrário de todas as demais raças caninas, a cabeça do Bull, em formato de ovo, é desprovida de qualquer ângulo com o focinho. Não bastasse esse detalhe, tem, ainda, os olhos triangulares pequenos, desproporcionais ao focinho muito comprido. Unam-se a isso as orelhas compridas e pontiagudas, e o Bull ganha uma aparência exótica e divertida a qual é impossível ficar indiferente.

Boxer


"O ataque do Boxer não deixa nada a desejar ao de outras raças", avalia o adestrador Rangel. Ele explica: seu ataque é rápido, com excelente mobilidade, sendo a velocidade e resistência superiores a algumas raças de guarda mais pesadas; é determinado e decidido para a luta; o dinamismo se alia à silhueta menor que a de outras raças de guarda e o tornam um alvo difícil pouco alvejável; atua bem no escuro devido à audição e faro; a formação dentária extremamente bem projetada e desenvolvida e mais a musculatura firme da mandíbula lhe dão uma mordida muito poderosa. "O Boxer é mais veloz compensando a maior velocidade de arranque do Rottweiler com uma maior resistência para manter o ritmo em um confronto; supera o maior peso do Rottweiler com um ímpeto de ataque maior devido à sua maior decisão e rapidez, e sobrepuja a maior agilidade do Dobermann com um ataque mais impetuoso por ter uma vitalidade maior", compara Rangel